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Variações de RPG: Lives e Eletrônicos

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Este artigo é uma continuação do post O que é RPG?

Se você pegar o equilíbrio entre interpretação e as regras do RPG e aumentar o peso em um dos lados,  podem surgir variações de RPG. Por exemplo, se você reduz as regras e aumenta a interpretação, teremos o que as pessoas conhecem por Live Actions (ou simplesmente Lives), que é aquele RPG que parece com uma festa a fantasias. Mas se você aumenta as regras e reduz a interpretação, temos os RPGs eletrônicos.

Lives não usam dados e as planilhas de personagem, quando existentes, costumam ser bem mais simples, apenas com características essenciais, que não possam ser simplesmente substituídas por interpretação. Também são mais comuns os lives de temas modernos, como punk-gótico, uma vez que lives de fantasia medieval exigem muito mais preparo para fantasias, local onde o live irá ocorrer, etc. Para os testes, geralmente utiliza-se recursos rápidos e simples como “Papel, Pedra e Tesoura” ou mesmo “Par ou Ímpar”, apenas para manter certa aleatoriedade nos resultados, afinal, ainda é um jogo e não um teatro.

Alguns jogadores de RPG mais clássicos não gostam de dizer que RPGs eletrônicos são RPGs, porque não há interpretação nenhuma. Porém a grande massa e o mercado consideram-os um RPG pois existe um sistema, existe um ambiente, por trás do jogo existe a jogada de “dados” para decidir algumas coisas e a interpretação…bom…a interpretação fica por conta dos personagens do jogo.

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Existem diversos títulos de RPGs eletrônicos disponíveis para todos os consoles dos últimos 20 anos (até mais), que proporcionam diversão e um gostinho do que é o “real” RPG de mesa. São muito úteis quando se está sozinho em casa ou quando não se tem um grupo de amigos para jogar o RPG real. Entre estes inúmeros títulos, alguns se destacaram dos demais por seu enredo excelente, jogabilidade e gráficos. Alguns deles: toda a série Final Fantasy (existem mais de 10 atualmente), Chrono Cross, Legend of Legaia, toda a série Breath of Fire (são uns 5), Chrono Trigger, Xenogears, etc.

Alguns RPGs eletrônicos pendem para o lado mais tradicional do RPG, com combates baseados em turnos, evolução de nível e grupos de aventureiros. Outros, como as séries Alundra e Zelda, pendem para o lado RPG/Aventura, onde muitos elementos dos RPGs tradicionais estão presentes, mas não temos turnos claramente definidos ou sequer times de personagens. Há ainda o extremo oposto, os chamados TRPGs (Tactical RPGs), no melhor estilo das séries Final Fantasy Tactics, Tactics Ogre e Front Mission, apenas para citar alguns excelentes exemlos. Em RPGs táticos o desenrolar da história é realizado através de cutscenes de animação ou simplesmente diálogos estáticos entre personagens, parecido com histórias em quadrinhos. Já quando o combate começa, a CPU e jogador se enfrentam cada um com seu time, formado e organizado exclusivamente para aquele combate, que geralmente dura vários minutos, não sendo difícil atingir meia-hora de jogo em apenas um combate, lembrando bastante jogos de xadrez, uma vez que os personagens inclusive podem se movimentar pelo mapa, organizado em quadrados e com todo de obstáculos, terrenos e estratégias possíveis.

E por fim, nos últimos 15 anos o estilo de RPG que mais cresceu no mundo foi o MMORPG, ou Massive Multiplayer Online RPG, onde milhares de jogadores se conectam a um ou mais servidores de um mesmo jogo e jogam juntos, seja em times ou seja sozinhos, concluindo suas quests. Títulos como World of Warcraft, Ragnarok, Star Wars Old Republic e D&D Online atraíram milhões de fãs para esse gênero em uma geração que socializa cada vez mais online e menos offline. Nestes jogos cada jogador controla um personagem com uma classe ou arquétipo, típico de um RPG tradicional, e evolui o mesmo matando monstros, coletando itens e participando de alguns eventos especiais do servidor onde estão, no melhor estilo hack-&-slash dos wargames de outrora. Porém nem tudo são flores. Diferente dos RPGs tradicionais, aqui o dinheiro real dos jogadores pode influenciar muito no seu desempenho dentro do jogo, lhe permitindo subir de nível mais rápido, comprar equipamentos melhores que seus rivais e por aí vai, o que mina um dos aspectos mais divertidos do RPG tradicional que é a colaboração. Isso tornou este tipo de RPG extremamente lucrativo para suas produtoras, até mais do que as demais variações eletrônicas.

E você, qual estilo de RPG prefere?

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O que é RPG?

RPG é a sigla para Role Playing Game que significa “Jogo de Interpretação de Papéis”. O RPG é a união do conceito de teatro com as regras de um jogo, aonde temos interpretação de personagens só que com um roteiro livre, sendo as ações limitadas apenas pelas regras e pela imaginação dos jogadores.

Basicamente uma sessão de RPG possui um Narrador (ou Mestre, dependendo do sistema) e alguns jogadores(2 ou mais). Antes da aventura começar os jogadores criam seus personagens baseados nas regras do jogo, para então o narrador contar uma história para situar os personagens e a aventura começar

O RPG é um jogo de contar histórias, ou seja, se não há imaginação, não há jogo. Basicamente, esta é a essência do RPG. Para se aprofundar mais, dê uma lida nos seguintes posts:

Top 5 2010-2015

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Em 2009 tive a ideia de colocar este blog no ar, uma vez que Street Fighter RPG tinha sido o cenário e sistema de regras mais legal que eu já tinha jogado e que como resultado de uma crônica de 2 anos com meu saudoso grupo eu tinha muito material e ideias para criar um blog. Neste primeiro ano de vida o foco do blog foi divulgar as traduções dos materiais importados e disponibilizar na web todas as informações presentes nos livros oficiais para consulta online. Ainda em 2009 eu publiquei um post chamado Top 5 2009 onde eu rankeava os posts mais lidos do ano inteiro, para dar um norte do que estava bombando no site para os novos visitantes. De lá para cá acabei não fazendo mais essas retrospectivas anuais, o que pretendo mudar…hoje!

Este post é um retrospectiva dos conteúdos mais acessados pela audiência da SF RPG Brasil entre os anos de 2010 e 2015. Espero que esse ano (2016) eu me lembre de escrever novamente!

Top 5 – Páginas

1. Home: 67.138 acessos
2. Estilos de Luta: 36.534
3. Personagens: 28.549
4. Feed: 16.858
5. Manobras Especiais: 14.532

Obviamente, a home do site aparece em primeiro quando o assunto é páginas mais acessadas, com uma diferença de quase o dobro do que o 2º colocado, que é uma das principais atrações do site: os estilos de luta. A página de personagens não poderia faltar, visto que é uma das páginas que sempre recebeu mais atualizações, devido às adaptações dos personagens dos games. Para completar, o Feed (que armazena um índice de todos os posts do site) e a página com as Manobras Especiais. Antigamente a página dos Livros Oficiais aparecia aqui, curioso como não mais.

Top 5 – Posts

1. Guerreiros Mundiais: 34.091
2. Akuma em Street Fighter 2 Victory: 25.130
3. Criação de Personagem: 12.289
4. Caracteristicas e Sistemas: 9.590
5. Nomes de Personagens: 9.259

Esta é a categoria do Top 5 mais disputada, porque qualquer post pode concorrer. A vitória do post sobre os Guerreiros Mundiais já era esperada, principalmente considerando que este post já foi uma página fixa no passado e também porque é onde abriga a listagem de todos os principais personagens organizados por torneio mundial que ocorreu nos games. O segundo post, Akuma em Street Fighter 2 Victory, é de fato o post (já que os Guerreiros Mundiais eram página antes) mais acessado nos últimos 5 anos, devido a ser um “easter egg” bem famoso no anime de SF mais famoso do Brasil. Os posts de como criar um personagem e sobre as características vem na sequência, e para fechar, o inusitado Nomes de Personagens, um post bem bacana sobre como criar nomes interessantes para seus personagens e NPCs em crônicas de SF RPG, super recomendado!

Top 5 –  Cultura

1. Akuma em Street Fighter 2 Victory: 25.130
2. Street Figter 2 Victory: 8.846
3. Curiosidades de Street Fighter 2 Victory: 7.752
4. Street Fighter Code of Honor: 6.801
5. Os Uniformes das Artes Marciais: 4.919

Na categoria de Cultura entram os posts que tratam de contos, artigos, entrevistas, curiosidades e assim por diante, sem ligação com o jogo de SF RPG diretamente, mas que tem a ver com o mundo de SF ou artes marciais. Aqui os posts sobre o anime de Street Fighter 2: Victory imperam absolutos, emplacando 3 deles nas primeiras posições: o post sobre as aparições de Akuma, o post com a resenha crítica do anime e o post apenas com as curiosidades da série. E por fim, temos o post sobre o desenho animado de SF baseado no filme do Van Damme (sic) e por fim um artigo bem bacana sobre os uniformes das artes marciais, para enriquecer suas crônicas.

Top 5 – Manobras Especiais

1. Metsu Hadouken: 3.709
2. Shun Goku Satsu: 3.380
3. Ansatsuken: 2.767
4. Ashura Senkuu: 2.171
5. Dim Mak: 2.050

Aqui o mal impera: temos Metsu Hadouken, Shun Goku Satsu, Ansatsuken e Ashura Senkuu como manobras especiais mais visitadas no blog nos últimos 5 anos, o que mostram uma tendência ao Dark Hadou entre os leitores do blog. o.o Fecha o Top 5 de Manobras, o famoso Dim Mak do Kung Fu.

Top 5 – Estilos

1. Karatê Shotokan: 8.970
2. Kung Fu: 6.433
3. Ninjitsu: 5.157
4. Thai Kickboxe: 5.114
5. Tae Kwon Dô: 4.300

Seguindo a tendência dos posts de Manobras Especiais, temos Karate e Kung Fu como estilos mais visitados do blog, seguidos pelo misterioso Ninjitsu de Guy, o Muay Thai de Sagat e o Tae Kwon Dô da novata Juri Han.

Top 5 – Personagens

1. Akuma: 7.418
2. Gouken: 7.077
3. Ryu: 5.981
4. Cody Travers: 4.898
5. Cammy White: 4.091

E por último, provavelmente o Top 5 mais esperado: o de Personagens. Adivinha quem é o 1º lugar? Sim, nosso amigo ruivo de gi negro: Akuma. Seguido por Gouken e seu discípulo Ryu. Sim, o Ryu ficou em 3º lugar no Top 5 de personagens!! Eu particularmente não curto muito Ryu, mas sei que ele é o favorito da galera e estranhei esse resultado. Mesmo. Em 4º eu esperava o Ken, mas veio…Cody! Em 5º temos a britânica Cammy.

Conclusões

Este foi o Top 5 de retrospectiva dos últimos 5 anos do site que voltou este ano com tudo e promete muito para 2016. Planilhas dos personagens em cada época dos jogos, mais informações sobre sua aparência, seu histórico organizado pelas épocas dos games (1, Alpha, 2, 4 e 5), dicas de como os narradores podem usá-los em suas crônicas, tudo sobre o cenário de SF4 e SF5 e muito mais. Assinem nossa newsletter deixando seu e-mail no formulário no final deste post para não perderem nenhuma novidade!

Street Fighter: Assassin’s Fist

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Este filme live-action, originalmente chamado Street Fighter: Ansatsuken (Punho do Assassino, em tradução literal) foi feito em 2014 como uma mini-série que agora está disponível na Internet como um longa metragem. Narra os treinos de Ryu e Ken sob a tutela de Gouken, enquanto que descobrem a história de seu mestre e os próprios segredos do estilo Ansatsuken de Karatê.

Sem sombra de dúvida é  amelhor obra live-action já feita para Street Fighter, muito melhor, em todos os sentidos, que o filme do Van Damme ou da Lana Lang. De produção britânica com filmagens na Bulgária, foca-se em mostrar o que aconteceu com Gouki, irmão de Gouken, após dedicar-se aos estudos das artes negras do Satsui no Hadou (Intenção Assassina) visando ser o melhor lutador de Ansatsuken de todos os tempos, causando desgraça na sua família e pondo um fim à era Goutetsu de Ansatsuken ao transformar-se em Akuma.

Para quem viu o anime Street Fighter Alpha: Generations, não tem muita novidade aqui, mas é diversão na certa. O mesmo triângulo amoroso com a sobrinha de Goutetsu, Sayaka, é mostrado, a inclinação do jovem Gouki para as artes das trevas e o próprio sofrimento de Ryu, que teme perder o controle para tal poder. Os atores ficaram muito bem caracterizados e os efeitos convincentes, embora eu ainda prefira o tom mais misterioso e raro de Chi presente em SF2: Victory. Na minha opinião eles não deviam soltar tantos Hadoukens neste filme…

Nota 10, super recomendado. Você encontra ele facilmente dublado no Youtube e em Full-HD.

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Super Street Fighter 4: Juri

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Super Street Fighter 4 foi lançado em 2010 sob a pretensão de ser a edição definitiva do jogo, o que sabemos que não é verdade uma vez que tivemos a versão Ultra em 2013. Ainda assim, foi um grande lançamento uma vez que consertou diversos problemas de equivalência dos lutadores (Sagat por exemplo era o único lutador de classe S na primeira edição de SF4) e nos brindou com uma série de personagens adicionais, alguns vindos da série Alpha/Zero, outros de SF2 e mais alguns de SF3. Além disso, dois novos personagens surgiram nesta edição da franquia: o guerreiro turco Hakan e a Taekwondista Juri Han, e é dessa segunda que vamos falar.

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Assim como na primeira edição do game, a edição Super nos brindou com um anime exclusivo da série, para servir de introdução à nova personagem Juri Han. No anime anterior, The Ties that Bind, que resenhamos anteriormente, foi mostrado o experimento BLECE que era uma arma que visava potencializar o Chi do corpo humano, o que parece ser a base do Tanden Engine que Seth usa em seu abdômem. Muito se falava sobre as possibilidades se tal arma pudesse ser miniaturizada e nesse anime somos apresentados ao Feng Shui Engine que substitui o olho esquerdo de Juri, uma assassina a serviço da S.I.N., a organização de Seth, ex-subsidiária da Shadaloo.

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O anime é curto, dura 35 minutos apenas mas supera em muito o seu antecessor. Não apenas os traços estão mais detalhados mas a história e os combates são muito melhores. Nele, o mesmo trio de combatentes do crime, Guile, Chun Li e Cammy estão investigando a organização armamentista que está por trás de manipulação da polícia e assassinatos, quando dão de encontro com Juri, que lesiona seriamente Chun Li. Investigando mais a fundo eles passam a entender mais sobre o passado de Juri, e misteriosamente recebem informações sobre seus próximos passos. Não vou dizer quem passou as informações para não estragar a diversão, mas o anime ainda conta com a participação das Dolls e de Viper.

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Não temos Ryu e Ken dessa vez, mas sinto informar aos fãs que não fez falta, uma vez que os enredos onde Ryu aparecem ficam girando em torno de seus problemas com o lado negro…De qualquer forma, extremamente recomendado, diversão garantida para os fãs da série e importantíssimo para entender melhor a história do torneio de SF4, lembrando que este jogo não é um novo torneio, mas um aprofundamento no mesmo de antes. Aqui é deixado mais claro a rixa entre Shadaloo e S.I.N, mas deixo para vocês tirarem suas próprias conclusões.

Ficou com vontade de ver? Dá uma procurada no Youtube que você acha!

 

Street Fighter 4: The Ties That Bind

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Quando Street Fighter 4 foi lançado em 2008 o alvoroço foi grande. Embora o último lançamento de um game da franquia não fizesse tanto tempo assim, uma novidade agradou muito os fãs: SF4 não era uma continuação de SF3, não tão aclamado pelo público principalmente no Brasil, mas sim uma continuação do épico Street Fighter 2. Lembro que na época muitos me perguntaram se haviam pulado o 3…

Com os mesmos guerreiros da última edição de SF2 mais algumas adições, muito se questionava sobre seu enredo, uma vez que Bison e Gouken eram dados como mortos no final de SF2 mas voltaram a aparecer agora. Então para a alegria dos fãs, em 2009, quando foi lançada a versão para consoles a Capcom presenteou a todos com um brinde: um novo anime de Street Fighter que se passa antes da história do game começar e serve de introdução à nova trama, motivo desta resenha.

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Street Fighter 4: The Ties that Bind é traduzido não-oficialmente (afinal nunca tivemos uma versão brasileira do game) como Os Laços que Ligam, fazendo alusão às conexões que veremos durante o anime e até mesmo durante o jogo. Tem a duração de 64 minutos aproximadamente e pode ser visto no Youtube procurando pelo título em português mesmo, para quem quiser ver legendado.

Falando do enredo em si, o anime começa mostrando uma investigação do Delta Red, organização secreta que Cammy atua investigando testes de algum tipo de arma na floresta amazônica, bem como Chun Li e Guile investigando o desaparecimento de artistas marciais pelo mundo inteiro. Também mostra o errante Ryu em sua jornada pessoal para controlar o Satsui no Hadou e o agora casado (ele casa com Eliza no final de SF2, lembra?) e empresário Ken Masters, se sentindo entendiado com a nova vida. Estreando no anime temos a novata Crinsom Viper que se mostra uma espiã a serviço de Seth, o novo vilão principal da franquia, que busca pelos mais poderosos lutadores do planeta para aperfeiçoar sua nova arma mortal que usa a energia Chi como combustível. E quem você acha que tem a maior quantidade de Chi para ele utilizar em seus testes?

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O que eu achei do anime? Tecnicamente falando o traço é razoável. O Ryu está meio gordo, Guile está meio caricato demais, mas Viper e as demais meninas estão muito bem caracterizadas, incluindo a jovem Sakura, que tem um papel bem importante no anime. Não temos grandes participações de outros personagens para comentar.

Do ponto de vista de enredo, ele é interessante. Um bom plot para um novo torneio. Mas a história é fraca do ponto de vista de ação, temos poucas lutas realmente interessantes. Para falar a verdade, apenas uma, a de C. Viper com Cammy. As demais são fraquíssimas, principalmente a final entre Ryu e Seth. Claro, é apenas um anime que serve de prólogo, mas confesso que quando assisti esse anime eu estava vendo SF 2 Victory e SF Code of Honor, e as lutas estão em um nível um pouco acima do segundo e muito abaixo do primeiro. Talvez por isso a decepção maior.

Como sempre costumo dizer, é SF, então está valendo.

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A História do Templo Shaolin

A História do Templo Shaolin

Durante o século 5 D.C, um templo Budista foi fundado na montanha Shao- Shih; ele era chamado de Shaolin Ssu, que significa “Templo da Jovem Floresta”.

Ele virou um dos mais famosos centros de aprendizagem da religião Budista. Este era o lugar onde Bodhidharma ensinava. Em adição a seus ensinamentos espirituais, eles impunham a seus monges uma série de exercícios para aumentar seu vigor através de difíceis testes mentais e físicos que lhe eram exigidos. Estes exercícios não eram originalmente designados para combate, mas logo uma forma de boxe foi criada no Templo Shaolin. Chamada de Shaolin Ch'uan Fa (Caminho do Punho Shaolin), ela eventualmente tornou-se um famoso estilo naquelas terras. E tornou-se motivo de muita glória derrotar um monge Shaolin ou ser convidado a entrar no Templo. Não que isto fosse fácil.

De acordo com as lendas, os monges tinham de passar por árduos testes, tanto físicos quanto mentais, para ter direito a aprender as técnicas secretas do templo. Aceitava-se somente estudantes que passassem nos testes de paciência e humildade; ele era mantido aguardando por vários dias, sendo insultado verbalmente para ver seu temperamento. Se ele perdesse a cabeça, era rejeitado. Então, os que realmente mereciam aprender eram separados do resto.

O ultimo teste envolvia o mestre do templo servindo chá para os possíveis estudantes. Se o estudante aceitasse o chá, ele era mandado embora por desrespeito; eles tinham que agradecer a gentileza sem aceita-la, tendo eles mesmos de servir o mestre.

O cotidiano no templo era uma árdua sucessão de exercícios físicos e mentais. Os estudantes tinham de se dedicar inteiramente ao templo e seus ensinamentos, e não era permitido sair; há muitas histórias de tentativas frustradas de escapar do templo. Foi no Templo Shaolin que se criaram os Preceitos das Artes Marciais.

Graduações na escola eram mais desafiantes ainda. A rendição da catarata veloz foi uma tentativa de graduação descrita no episódio piloto da série Kung Fu. Depois dos questionamentos sobre a doutrina budista e sua filosofia, iniciava-se um exame físico, testando se monge e estilo eram um só. O teste final era incrível, todos os tipos de objetos eram jogados no estudante enquanto ele atravessava um corredor de uma câmara. Se o estudante falhasse em aparar todos eles, ele falhou no teste (muitos monges sofrem por terem tentado dúzias de vezes sem sucesso).

Ao fim do corredor, esperava pelo estudante um teste mais severo ainda: um caldeirão de ferro cheio de carvão flamejante pesando 250Kgs para carregar durante o restante do caminho. Durante o processo, marcas feitas pelo ferro quente do caldeirão iam surgindo pelos seus antebraços em formatos de tigres e dragões, indicando o fim do teste e marcando o monge para sempre como um membro do Templo Shaolin.

Depois de milhares de anos de esplendor, entretanto, o Templo Shaolin sofreu um desastre. Durante o século XVII, uma tribo da fronteira chinesa, os Manchus, conquistaram o resto da nação e fundaram a dinastia Ch'ing. Um número de monges simpatizantes do antigo governo, ajudados por grupos rebeldes lutaram contra o novo regime. Obviamente o governo imperial enviou um exercito para acabar com os monges Shaolin. Este ataque foi fortemente escurraçado do templo pelas forças Shaolin. Então, um exercito maior ainda invadiu o templo em 1735. De acordo com a lenda, somente 5 monges conseguiram escapar com vida; eles são conhecidos como os Cinco Veneráveis. Com a ajuda de outros revolucionários construíram um segundo Templo Shaolin, mas pouco tempo depois foi completamente destruído. Muitos monges escaparam, entretanto, o Templo Shaolin ficou sob a terra.

Saiba o que realmente aconteceu com os monges que escaparam com vida da destruição do templo, lendo o post As Tríades e Tongs Chinesas. Leia também os posts Kung FuEspecializações do Kung Fu e A Quintessencia do Kung Fu.

Usando o Templo Shaolin em suas Crônicas

O Templo Shaolin pode ser utilizado das mais variadas formas nas suas crônicas de  Street Fighter: The Storytelling Game. Ele pode ser o lar de um dos personagens jogadores, inclusive rolando seu Prelúdio no próprio templo. Encontrar o lendário Templo Shaolin de Hunan pode ser o objetivo de personagens exploradores. Talvez as pinturas das paredes do templo sejam o segredo para aprender uma antiguíssima técnica do Kung Fu do Dragão Branco.

O Narrador devem ter em mente que mesmo que as lendas (ou histórias) do Templo Shaolin indiquem que ele tenha sido arruinado a séculos, nada impede que ele permaneça intacto em sua crônica. Os monges eram muito inteligentes e facilmente poderiam ter reconstruído o templo em um lugar isolado, como montes tibetanos, por exemplo. Dessa forma, longe de todos, seria mais fácil reeerguer suas tradições sem uma nova represália.

Antiga pintura do Templo Shaolin

Vida e Obra de Bruce Lee

O Pequeno Dragão

Nascido a 27 de novembro de 1940, no ano e dia do Dragão, em São Francisco, Califórnia, Bruce Lee dedicou toda sua vida às artes marciais. Foi de tudo um pouco: filósofo, mestre, lutador, ator. Foi o arco principal de ligação entre as artes marciais, reservadas exclusivamente para os asiáticos, e os povos do resto do mundo.

Cresceu em Hong Kong, onde era um garoto pequeno, mas muito briguento, sempre "entrando em frias" com outros garotos e até mesmo com gangues de Hong Kong. Aos 13 anos, iniciou seus estudos de artes marciais de Kung Fu no estilo Wing Chun (ou Ving Tsun em Hong Kong), visando aliviar a insegurança pessoal que estava presente em sua vida, entre as brigas com gangues na cidade de Hong Kong. Aos 18 anos, foi para os Estados Unidos para se afastar das brigas entre as gangues chinesas e também estudar Filosofia na Universidade de Seatle – Washington. Também passou a trabalhar como garçom num restaurante de uma amiga da família, Ruby Chow, em Chinatown.

Passou a ser um mestre dentro do campus da faculdade, mesclando a arte marcial à filosofia. Foi daí que surgiram seus primeiros "alunos", que eram seus amigos. Ele não cobrava nada de ninguém e nunca o faria para amigos. Começaram a fazer, então, com que Bruce abrisse a sua própria academia de Kung Fu, e daí, poderia cobrar de seus alunos para se manter. Eis que em 1963, em paralelo com a faculdade, Bruce abre o "Lee Jun Fan Kung Fu Institute", sua própria academia, passando a dar aulas para seus amigos neste local.

Eis que então foi defrontado por um grupo de mestres asiáticos de artes marciais, dizendo para ele que não deveria ensinar a arte marcial aos não-chineses, ou deveria enfrentar o melhor lutador deles. Como Bruce adorava desafios, ele aceitou. A luta demorou três minutos e ele fez com que o adversário, jogado no chão, dissesse "eu me rendo", em chinês. Vendo que deveria ter vencido em segundos, e não em minutos, passou a se dedicar muito mais a arte marcial do Kung Fu.

Comemorando o nascimento de seu filho Brandon Bruce Lee fruto de seu casamento com uma de suas alunas, Linda Emery, apenas uma semana depois, voltou para Hong Kong, pois seu pai havia falecido. Na volta, fez uma promessa para si mesmo, de que sua família se orgulhasse dele, passando assim a criar um estilo de Kung Fu próprio: o Jeet Kune Do. A partir disto, Bruce teve de enfrentar novas dificuldades. Passou então a dar aulas particulares à domicílio, para personalidades famosas do meio artístico, como Lee Marvin, Chuck Norris e Steve McQueen, podendo custar o treinamento com o grande Mestre Bruce Lee até US$ 250,00 a hora. Mas seu aluno mais querido era seu filho, Brandon, e nesse meio tempo, veio ao mundo sua filha, Shannon Lee.

Bruce Lee e Chuck Norris

A garota teve o dom de poder acalmar Bruce. Bruce Lee era uma pessoa de carne e osso, como eu e você, e não um super-herói como parece. Numa manhã em 1970, levantando pesos, Bruce fraturou um importante nervo das costas, deixando impossibilitado de treinar por seis meses, tempo esse que ele teve para formular a parte filosófica de sua arte marcial, o Jeet Kune Do. Médicos de todo o centro de tratamento vieram dizendo a ele que nunca mais voltaria a treinar, mas Bruce fez de um obstáculo um ponto de apoio, para descobrir quais eram seus limites e medir a capacidade do corpo humano.

Dava 2000 socos por dia, 1000 chutes, corria 5 Km e pedalava mais 24 Km, para ver de que o seu corpo era capaz. Ao ficar totalmente recuperado, começou uma exaustiva rotina diária de exercícios. Ele passava muito tempo treinando, treinando para um combate que nunca existiria; era um treinamento de sete dias por semana. Até que em 10 de maio de 1973, enquanto editava "Operação Dragão", ele sofreu um desmaio no estúdio, sendo levado às pressas para o hospital, onde não foi detectado nada. Após uma bateria de testes, ele se recuperou, terminou "Operação Dragão", e voltou para seu antigo projeto "Jogo da Morte". De volta ao antigo filme, Bruce estava trabalhando com a atriz chinesa Betty Ting Pei. Foi um dia a casa dela para discutir algumas cenas do filme e disse à ela estar com uma forte dor de cabeça. Ela lhe deu um remédio e ele se deitou. Algumas horas depois, Betty entrou em pânico por não conseguir acordá-lo e ligou para Raymond Chow (diretor e amigo de Bruce).

Ele foi a sua casa e notou que Bruce estava muito pálido. Levaram-no para o hospital, onde Raymond ligou para dar a notícia a Linda: Bruce Lee, a lenda das artes marciais, havia morrido. Todos foram ao chão com a notícia, espalhando-se pelo mundo. Em seu sepultamento, foi homenageado por milhares de pessoas, e seu corpo foi levado para Seatle, onde ele e Linda se conheceram. Com apenas 32 anos, Bruce deixou uma esposa, dois filhos e um legado inigualável no mundo, tanto das artes marciais como das artes cinematográficas. Até hoje sua morte é discutida: muitos dizem que foi algum tipo de vingança entre as gangues de Hong Kong, ou até mesmo uma maldição dos mestres chineses por passar as artes marciais aos não-asiáticos.

Muitos também acham que foi vingança por ter feito muito sucesso. Mas sua morte foi comprovada por uma autópsia e resultou num edema cerebral, um inchaço no cérebro causado por uma reação alérgica ao remédio tomado na casa de Betty. Mesmo com a sua morte, foi continuado e concluído 5 anos depois "Jogo da Morte", que também não deixou de ser um grande sucesso. Com isso, seu legado foi deixado nas telas e tornou-se uma grande figura mundial. Também possibilitou que outros artistas seguissem seu caminho. Entre seus sucessores, estão Jackie Chan, Chuck Norris, Jean-Claude Van Dame e muitos outros, mas nenhum poderia ter tanto destaque como seu filho Brandon, este que teve uma carreira também próspera, mas em 31 de março de 1993, durante as gravações de "O Corvo", Brandon foi morto no set de filmagem por uma arma de festim indevidamente checada. O filme continuou como em "Jogo da Morte", com dublês e efeitos especiais. Novamente, rumores sobre a morte de Bruce voltaram à discussão e novas teorias do porquê havia morrido voltaram à tona. Mesmo assim, ainda hoje, o nome Bruce Lee é mundialmente falado; revistas publicam artigos, vídeos são produzidos e até homepages são montadas em sua memória.

– extraído e resumido da vida e obra de Bruce Lee

 

Fei Long, uma homenagem a Bruce Lee


Sensei

Street Fighter Alpha: The Animation

Street Fighter Alpha: The Animation

Também conhecido como Street Fighter Alpha: O Filme, comemora o 20º aniversário de Street Fighter 2 (que será lembrado eternamente como O Street Fighter!) e foi lançado em 1999 pela Group Tac (o mesmo estúdio do excelente Street Fighter 2: Victory). O responsável pelo desenho dos personagens e diretor de animação foi Yoshihiko Umakoshi, que fez um trabalho profissional, mas que dividiu e muito, a opinião dos fãs da série.

Há quem reclame da desproporcionalidade dos pés dos personagens, ou dos braços de Birdie. Os mais saudosos (como eu por sinal) também comentam do estilo meio “Dragon Ball Z” apresentado na animação, onde “simples” Hadoukens causam mega-explosões e por aí vai. De qualquer forma, é como eu sempre digo: “É Street Fighter? Então ‘tá valendo!”. E para os xaropes de plantão: este anime não possui dublagem em português, só se encontra legendado (idiomas originais incluem japonês, inglês e espanhol).

Primeiro de tudo, Street Fighter Alpha não é canônico, ou seja, não faz parte da história original da série (assim como todo o material não-game da franquia…). Voltando ao tema, neste anime vemos um Ryu atormentado por seus demônios internos, tentando entender e ao mesmo tempo controlar o Satsui no Hadou latente no seu corpo, como visto no game SF Alpha, onde Ryu se transforma em Evil Ryu, se entregando ao Hadou Negro (Dark Hadou). Apesar dessa luta filosófica contra si mesmo, quem realmente rouba a cena no anime é Shun, um suposto irmão de Ryu que vivia com sua mãe no Brasil (?!). Pensando bem, o anime é estranho mesmo…

Ryu dominado pelo Satsui no Hadou

O anime segue mostrando uma jovem Chun Li trabalhando na Interpol ao lado de seu colega Wallace, mostra o início do interesse de Sakura pelas artes marciais, mostra uma busca de Ryu por Akuma, visando entender o poder que eles possuem dentro de si e por aí vai. Não há menção de Shadaloo, M. Bison e outros antagonistas célebres da série, que só surgem mais tarde na vida do karateca. No anime temos o Dr. Sadler, um cientista maligno com planos de dominação mundial (só pra variar). Não quero estragar a diversão, mas talvez isso ajude a motivar novos espectadores: o anime culmina com um torneio promovido por Sadler somente para os maiores mestres das artes marciais. Adivinha quem vai estar lá?

Como foi dito antes, o anime não é nenhuma pérola e pode ser facilmente encontrado em sites de download pesquisando corretamente no Google pois tive de retirar daqui por ameaças jurídicas. Se você quer ver Ryu, Ken, Chun Li, Akuma, Guy, Sodom, Dhalsim, Rolento, Rose, Sakura, Zangief, Dan, Vega e Birdie em ação, vale a pena gastar 133 minutos da sua vida, que é a duração do anime. Alguns anos depois apareceu um anime que parecia uma continuação, chamada Street Fighter Alpha: Generations, que de forma alguma se compara a este anime e não, não é uma continuação.

Leia também: Curiosidades de Street Fighter Alpha: The Animation!

Ryu indo de encontro a Akuma

Por motivos legais tive de retirar os vídeos daqui, então busque no Youtube.

Street Fighter 2: Victory

Street Fighter 2 Victory

Logo após o lançamento de Street Fighter 2, a Capcom japonesa tratou de produzir um anime intitulado Street Fighter 2 V (conhecido aqui como SF 2 Victory). A série foi ao ar em 1995, com a direção de Gisaburo Sugii. O anime foi exibido de 10 de abril a 27 de novembro, fazendo jus a boa animação do Group Tac (estúdio que produziu a série, o mesmo de Street Fighter Alpha: The Animation). As aventuras de Ryu e Ken globo afora foram exibidas pela Yomiuri TV, e não foi poupada nenhuma cena com muita pancadaria e sangue rolando a vontade.

O anime de Street Fighter começa muito bem, somos apresentados a excelentes desenhos de personagens e animações. O primeiro, segundo e terceiro episódio da série dão a entender que teríamos pela frente uma série empolgante e repleta de adrenalina (geralmente é isso que sentimos quando jogamos SF), com uma ótima história e desenho, além das lutas, pancadaria e muito sangue, o que faz valer muito a pena assisti-lo! No centro da história temos Ryu e Ken: eles são dois discípulos de artes marciais que treinaram juntos no norte do Japão em sua pré-adolescência, porém acabam sendo separados. Ken voltando para a América e Ryu continuando sua vida no Japão. O anime mostra o reencontro deles, e sua viagem para descobrir fortes lutadores pelo mundo.

Street Fighter 2 Victory não é baseado em nenhum mangá, ou seja, é puro comercial mesmo, sendo amado por uns, e odiado por outros devido às inúmeras diferenças entre o anime e a história original. Com apenas 29 episódios produzidos, o anime seria exclusividade japonesa, porém algo aconteceu… No final da década de 90, o SBT adquiriu da Columbia Pictures uma animação que estava sendo produzida nos EUA da franquia Street Fighter (que, aliás, foi exibida no Brasil e tinha como personagem central o Guile). Porém a animação estava demorando em chegar ao país, e a empresa tinha que cumprir o compromisso com o Brasil, eles então tinham nas mãos o desenho japonês, recém produzido, intitulado Street Fighter 2 Victory, e logo ofereceram ao SBT como uma forma de desculpas pela demora com a animação americana. Sílvio Santos aceitou, e deixou nas mãos da Master Sound o trabalho de dublá-la (confira na entrevista de Nelson Machado)! A série foi exibida diariamente dentro dos infantis do canal, obtendo muito sucesso. A série foi ao ar na íntegra, sem cortes de violência ou coisas do tipo, e logo se tornou sucesso entre as crianças. Tanto a abertura, como o encerramento, ganharam uma excelente dublagem. O anime foi ao ar até meados de 1999 dentro do Sabádo Animado.

Depois de alguns anos fora do ar, a Cartoon Network acaba anunciando a exibição da série que pensávamos que jamais voltaria a ser exibida na tv. Street Fighter 2 Victory voltou a ser exibido no Brasil na tv paga, justamente na época em que animações japonesas bombavam na tv, dentro do programa Toonami. A série veio junto com uma leva de animes ressuscitados pelo canal, como Super Campeões, Os Cavaleiros do Zodíaco e Yu Yu Hakusho. Apesar de ter ganhado uma boa exibição no canal, nenhuma emissora aberta se interessou em adquirir a série. O anime foi reprisado algumas vezes e foi tirado do ar, não retornando assim para a tv brasileira desde então.

Ryu e Ken

Um dos grandes mistérios da série é "Akuma em Street Fighter 2: Victory?". Leia o referido post para maiores detalhes!

Para uma penca de curiosidades sobre o anime, leia "Curiosidades de Street Fighter 2: Victory".

Por motivos legais tive de retirar os vídeos. Busque no Youtube.