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Street Poems

Street Poems

Todo mundo conhece ao menos um fanfic ou fanart de Street Fighter, certo? Mas e poemas? Hã? Sim você leu corretamente! O que me dizer de sonetos de Street Fighter? Luiz Fabrício "Goldfield" de Oliveira Mendes (autor de Superman contra a Shadow Law e Resident Evil: Experimento X) prestigia a famosa série dos brigões de rua com 16 sonetos contando um pouco de cada personagem da saga. E não é que ficou bom mesmo? Cada soneto foi muito bem escrito, como manda nossa gramática e abrange todos os 16 Guerreiros Mundiais mais conhecidos do universo de Street Fighter.

Cultura na Street Fighter RPG Brasil: Porque nós vamos ao encontro do mais culto!

Update 20/02/2011: não deixe de ler também o Street Poems Alpha!

Clique na imagem para baixar!

Conspiração Total

"Conspiração Total" é um fanfic escrito por Eric "Musashi" Souza (webmaster da Shotokan RPG) ao longo de seus anos como jogador, não somente de Street Fighter RPG, mas outros títulos da White Wolf como Vampiro: A Máscara e Lobisomem: O Apocalipse.

Conspiração Total nos conta uma incrível saga de três amigos e grandes lutadores: Kaneda, Iori e Hwoarang. Suas vitórias, derrotas, conquistas, sua incessante luta contra o mal e sua longa caminhada rumo ao sonho de qualquer Street Fighter: se tornar um Guerreiro Mundial! Leia "Conspiração Total" e faça uma viagem incrível através das maiores aventuras da série Street Fighter: desde a ascensão de Ryu como Campeão Mundial em Street Fighter 1, os acontecimentos de Street Fighter Alpha, a glória máxima em Street Fighter 2, a história controversa de Street Fighter Ex e por fim, o derradeiro e último torneio mundial em Street Fighter 3. Tudo isso sob a ótica de nossos heróis, criados pelos amigos do grupo de RPG de Eric e por ele próprio.

Não há como não se emocionar com as tragédias, as trapaças, as vitórias e a enxurrada de combates e aventuras eletrizantes contidas neste fanfic, que é sem sombra de dúvida, uma das obras máximas, não oficiais, de Street Fighter.  Mais um fanfic selecionado a dedo por Fernando Jr para colocar à disposição dos visitantes da Street Fighter RPG Brasil!

Baixe "Conspiração Total" (clique com o botão direito e escolha "Salvar como…" ou "Salvar Link como…")

O Grande Mestre

Muitos anos atrás, na China, havia um grande mestre das artes marciais cujas técnicas eram praticamente invencíveis. Ele ensinava um estilo de luta bastante difícil e que exigia muito do praticamente, tendo uma rotina de treinamentos incrivelmente rigorosa. Ele e seus discípulos acordavam antes do amanhecer todos os dias e treinavam o dia inteiro sem pausa até mesmo para uma refeição ao meio-dia.

Como vocês poderiam esperar, muitos de seus discípulos não conseguiam suportar isso. Alguns partiam furiosos, enquanto outros escapavam sorrateiramente durante a noite e passavam o resto de suas vidas envergonhados. Após vinte anos, apenas seis discípulos – discípulos extraordinários – restavam.

Uma manhã, ao invés do treinamento de sempre, o mestre disse – "Todos vocês, venham comigo". Curiosos, porém obedientes ao seu mestre, os discípulos seguiram por uma longa e penosa trilha montanha adentro, cada um deles caminhando silenciosamente. Finalmente, eles chegaram a uma pequena clareira onde estava um tigre magnífico e feroz, que estivera matando camponeses de vilarejos das redondezas. O tigre, vendo os homens em seu território, enfureceu-se e avançou na direção deles.

Os discípulos estavam todos paralisados de medo, mas o mestre não. O tigre saltou sobre eles e o mestre fez um pequeno gesto com a mão, enquanto expirava o ar suavemente. O tigre, a mais de seis pés de distância, caiu morto! Os discípulos ficaram todos chocados e olharam para seu mestre com grande respeito e admiração.

Virando-se para o primeiro, o mestre perguntou: – "Você gostaria de aprender essa técnica?"

 – "Sim mestre. Se você bondosamente me ensinasse."

 – "Você gostaria de aprender essa técnica?", o mestre perguntou ao segundo discípulo.

 – "Mestre, se você me honrasse ensinando a técnica, eu a aprenderia de bom grado!" o segundo discípulo respondeu. O mestre então fez ao terceiro, quarto e quinto discípulos a mesma pergunta, recebendo respostas similares.

Virando-se para o sexto discípulo, o mestre perguntou: – "Você gostaria de aprender essa técnica?"

 – "Não, mestre!" respondeu o sexto discípulo. Os outros ficaram chocados!

 – "Com sua licença mestre", o sexto discípulo disse, "eu quero aprender a defesa contra essa técnica".

O mestre sorriu e dispensou os cinco primeiros discípulos. O sexto permaneceu com ele durante vários anos.

Conto de autoria desconhecida.

Chi? Que diabos é isso?

Eric olhava muito atento para a arena. Esse era o seu primeiro torneio de street fighting, e deveria conhecer todos os segredos desse circuito. Havia feito alguns amigos logo que chegou em Nova Iorque; o milionário Robert Majestic e o misterioso russo Alexia Dimitri. Alexia agora lutava, e estava levando uma surra de um Street Fighter de Posto 4.

Eric observava os movimentos, e percebia que seu amigo tinha suas chances reduzidas a cada golpe. Dimitri também é novato, e provavelmente acabaria perdendo. Mas ainda assim Eric olhava atento para a arena. Dimitri ainda mantinha seu olhar arrogante, o que sugeria que ele tinha alguma arma secreta. O que seria?

A pergunta logo teve resposta. Dimitri saltou para trás, se esquivando do chute de seu oponente. Ele então olhou raivoso para o russo, partindo para cima dele. Mas não teve tempo de chegar perto o bastante para chutar novamente: Dimitri se concentrou, e várias partículas luminosas começaram a se converter em gelo. Toda essa energia se concentrou nas mãos do russo, que parecia estar fazendo um esforço enorme. Dimitri então atacou, congelando e ferindo muito seu oponente. Dimitri caiu de joelhos, ofegante.

– Mas o que é isso??!!

Eric não pôde segurar a frase! Ele já havia ouvido falar sobre a energia espiritual, e sobre as artes marciais orientais, mas nunca achou que fosse ver alguém congelar um oponente! Após algum tempo o gelo se quebrou, e o coitado caiu no chão todo ensangüentado e desmaiado. Dimitri saiu da arena e Eric cumprimentou-o pela vitória.

Naquela noite, Eric foi dormir intrigado. De fato, ele havia dominado os segredos do Savate e era muito forte. Mas o que adiantaria com um golpe como aquele? Ele havia ouvido histórias de ataques de Chi, como na luta em que Ryu venceu Sagat, mas achou que fossem apenas histórias. E o pior é que Eric enfrentaria o colega amanhã na semifinal!

Amanheceu, e Eric foi para a arena. Eric se lembrou de quando sua colega Mary tinha mãos molhadas demais, e das vezes em que ela jogou jatos de água nele. Mas Eric achou que fosse apenas um poder natural. É claro que ele acreditava em poderes elementais e nas bolas de fogo de Ryu e Ken, mas nunca tinha visto algo como esse que viu ontem. E agora enfrentaria Dimitri…

Eric e Dimitri se encararam um pouco. Logo os dois amigos sorriram um para o outro, demonstrando que isso era apenas um desafio, um duelo de cavalheiros. Eric estava um pouco amedrontado. Mas sempre havia encarado tudo com muita coragem, e não seria agora que tremeria! Eric avançou com tudo, saltando para perto de Dimitri, que não teve reação alguma. Dimitri então socou-o, mas Eric o acertou duas vezes com o seu chute duplo.

Dimitri tentou socá-lo, mas Eric foi mais rápido com seu chute médio. O soco de Dimitri não acertou-o muito bem, pela postura afastada que os lutadores de Savate mantêm após chutarem. Dimitri ainda tentou acertar um soco nele, mas o Ax Kick de Eric bastou para nocauteá-lo. Eric comemorou a vitória, mas não entendia porque o amigo não usou o seu trunfo contra ele. Mais tarde, Eric procurou-o para conversar:

– Dimitri, podemos conversar?

– E aí cara, parabéns pela vitória!

– Hehe, obrigado… Mas eu queria perguntar sobre aquilo que fez ontem…

– O que? Ah sim, meu ataque concentrado…

– Como fez aquilo?

– Bom, eu concentrei mais Chi do que podia controlar num ataque totalmente desesperado. Ainda bem que funcionou!

– É… Mas o que é…?

– Chi?

– É…

– Essa é a energia que rege o Universo e nos faz vivos. Você pode não saber disso, mas tem Chi dentro de você!

– Sério?

– É… Artistas marciais mais poderosos podem controlar seus Chi para melhorar suas técnicas, além de, é claro, tentar coisas desse tipo.

– Mas o Chi funciona com todo mundo? Quero dizer, qualquer um pode usá-lo?

– É claro que sim! Não aprendeu isso na sua arte marcial?

– Não… Eu aprendi a chutar e me esquivar, hehe!

– O controle do Chi é muito importante para qualquer lutador… Nós do Karatê Shotokan aprendemos isso desde cedo. O Grande Mestre Ryu é um bom exemplo de exímio controlador do Chi…

– Sei, sei…

– Mas você nunca tinha visto essas manifestações do Chi?

– Na verdade sim. Minha nam… Quer dizer, uma amiga minha tem poderes da água. Isso é Chi?

– Hum… Ela deve ser uma elemental da água!

– Uma o que?

– Elementalista… Tem uma afinidade com um dos quatro elementos da natureza…

– Mas eu sempre achei que isso fosse um poder natural dela, e não algo que qualquer um pudesse aprender.

– Vejo que ainda tem muito para aprender sobre Chi, Eric…

– É… Acho que concordo!

Eric partiu. Agora precisava se preparar para a final do torneio. Mas logo voltaria a Marseilles. E quando chegasse pediria a Mary que lhe guiasse no controle de sua energia. Talvez esse fosse o início de um grande poder a ser despertado futuramente…

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Este conto foi escrito por Eric, da Shotokan RPG e originalmente apresentado no fanzine Orgulho da Arte nº 7, disponível na Lista de Discussão do Yahoo!

As Quatro Velas

Quatro velas estavam queimando calmamente dentro de um templo sagrado. O ambiente estava tão silencioso que podia-se ouvir o diálogo que travavam.

A primeira disse:- Eu sou a paz! E apesar de minha luz as pessoas não conseguem manter-me, acho que vou apagar. E diminuindo devagarinho, apagou totalmente.

A segunda disse :- Eu me chamo Fé! Infelizmente sou muito supérflua. As pessoas não querem saber de Deus. Não faz sentido continuar queimando. Ao terminar sua fala, um vento levemente bateu sobre ela, e esta se apagou.

Baixinho e tristonha, a terceira vela se manifestou – Eu sou o amor! Não tenho mais força para queimar. As pessoas me deixam de lado, só conseguem se enxergar, esquecem-se até daqueles à sua volta que lhes amam. E sem mais apagou-se.

De repente … um monge entra no templo e vê as três velas apagadas. – Que é isso? Vocês deviam queimar e ficar acesas até o fim. Dizendo isso começou a chorar.

Então a quarta vela falou :- Não tenhas medo, enquanto eu queimar podemos acender as outras velas, eu sou a Esperança!

E ele pegou a vela que restava e acendeu todas as outras.

Após isto sentiu uma mão pesar em seu ombro e viu seu mestre que lhe disse:

– Espero que a vela da esperança nunca se apague dentro de você meu discípulo.

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Fonte: este conto é de autoria desconhecida, mas foi transcrito por Carlos "Wind Yang" Dalben, no fanzine Orgulho da Arte nº 15, disponível na Lista de Discussão do Yahoo.

Se sentindo em casa

Sonryu estava entediado. Não conseguia se acostumar com seu novo time de lutas. Tinha abandonado os Discípulos do Poder e entrado para o Darkness Team em busca de poder. M. Bison, o patrocinador do time lhe fez propostas irrecusáveis para entrar neste time, inclusive lhe ensinar algumas técnicas de Ler Drit e a controlar o maligno Psycho Power. Sonryu não era mal, mas se todo homem tem seu preço, o de Sonryu era poder.

Ele estava agora em uma arena militar em Mriganka, a ilha e nação de M. Bison. Também sede da Shadaloo, a maior organização criminosa que este mundo já viu. Seus companheiros de time não estavam lá, apenas uns poucos militares praticando Muay Boran, a brutal arte marcial de onde se originou o Muay Thai (mais civilizado e voltado para competições). Sonryu queria brigar, mas não contra aqueles “perebas”, se fosse para brigar contra um lutador de “Muay-alguma-coisa” ele queria Sagat de uma vez. Sonryu sempre foi assim; sempre quis superar seus limites lutando contra os mais fortes.

Que se dane!-pensou. Se enfrentar os 5 ao mesmo tempo talvez me proporcionem alguma diversão.

O 1º lutador é surpreendido com uma anilha de 20kgs que lhe foi arremessada nas costas. O 2º salta em direção ao teto. Sonryu desfere uma voadora no peito do 3º, agarra o 4º e o atira por cima do 5º. Nisso, o que estava no alto desce em um Wall Spring e lhe acerta com um Roundhouse Kick bem no meio do rosto; o que faz Sonryu recuar três passos e ter de limpar o sangue do nariz e boca.

Então é pra valer! Ele corre em direção aos militares e dá um Fierce de direita no queixo de um deles. Sonryu leva um Tiger Knee no estômago, seguido de uma “correntada” nas pernas. Filhos-da-p…! Sonryu cai de joelhos perante a dor para receber um chute certeiro em sua orelha direita fazendo-o cair para o lado. Estava encrencado.

Olhou ao redor enquanto tirava a parte de cima de seu gi negro. Um oponente estava sobre um banco quebrado com uma anilha sobre as costas, desacordado. Outro, se levantava do chão enquanto tirava suas luvas esportivas. O 3º e 4º oponentes se aproximavam lentamente girando correntes que sabe-se lá de onde tiraram. O 5º observava de longe, enquanto estralava o pescoço. Gritos de guerra ecoaram pela arena!

Sonryu iniciou seu Hurricane Kick fazendo com que os dois primeiros militares fossem levados pelo turbilhão de chutes arena adentro, sendo por fim atirados longe; um por cima de um armário que se entortou com o impacto e outro por cima de uma pilha de anilhas que foi derrubada causando um estrondo. Sonryu terminou seu golpe à frente do penúltimo oponente em pé, que tentou lhe acertar um Elbow Smash. Só tentou pois Sonryu mal havia terminado seu Hurricane Kick e já havia se agachado, em um incrível combo, para desferir seu Dragon Punch abaixo do queixo do oponente, que acabava de perder alguns dentes.

Agora Sonryu estava cara-a-cara com o último e maior lutador, que aproveitou a distração com os outros lutadores para colocar a tradicional “tiara” tailandesa e um soco inglês em cada mão. Malditos duelistas! Nisso, entra seu colega de equipe, o boxeador Samson Jr; que vendo a cena sorri: – Não terminou de se aquecer ainda? – Sonryu sequer desvia o olhar de seu oponente e responde: – Não até terminar com você! O boxeador irado corre em sua direção. Sonryu estava começando a gostar daquele lugar…

Pensar ou Agir?

Re-ka-ken! Re-ka-ken! Re-ka-ken!

O peito de Jackie ardia enquanto o vento entrava pelo templo onde treinava. O lugar, era um antigo templo de Kung Fu Shaolin nas montanhas do Tibet. Estava em fase de restauração, em breve iria se tornar mais um patrimônio histórico da região; estava velho, lhe faltavam telhas e as paredes possuíam buracos. As antigas tapeçarias já haviam sido levadas por saqueadores, bem como os fogareiros de prata.

Re-ka-ken! Re-ka-ken!

Mas Jackie não se importava, o motivo de estar ali não era pela beleza do lugar, ou pela bela paisagem da cordilheira Tibetana; muito menos pelo ar puro das montanhas. Jackie queria mais força. Foi ali, naquele templo, que seu antigo sifu Fei Long recebeu sua graduação como mestre em Kung Fu, depois de anos trilhando o duro caminho das Artes Marciais até o topo. Jackie estava ali em busca de iluminação, precisava de uma estratégia nova de combate, e possivelmente precisa melhorar suas técnicas também!

Re-ka-ken!

Cada vez mais exausto, Jackie sente os músculos dos braços e tórax fervendo de tanto esforço. Esta manobra, Rekka Ken, uma combinação rápida de socos, era uma das manobras mais velozes que Jackie possuía. Mas não era o bastante, ele descobriu que precisava de mais velocidade. Ele precisava superar o Tumbling Attack de Dani Claw, a assassina de seu melhor amigo, Thor; que morreu por não deixar o segredo da técnica ancestral do Zen no Mind cair em mãos erradas. Jackie quer colocar Dani atrás das grades, ele deve isso a Thor!

Re-ka-…

Não deu… os braços de Jackie não agüentam mais tanto esforço, e seu oponente, um saco de areia suspenso por uma corrente parece que também não, uma vez que está todo rasgado pelos impactos dos golpes constantes e vaza areia por alguns cortes na lona. Já é noite lá fora e faz mais de 8h que Jackie treina à fio. Mas aquela garras…esse era o grande problema!! Dani Claw era da divisão de Duelistas: lutadores que competem usando normalmente armas brancas; no seu caso, garras afiadas presas aos punhos. Foram elas que tiraram a vida de Thor, bem na frente de Jackie, que não pode fazer nada pois estava imobilizado por Mr. Big, um dos chefes regionais da Shadaloo…outro que deveria levar uma boa surra!

Re-…Dragon Kick!!!

Chega, seus braços não agüentam mais e Jackie também não. Treinar nunca foi seu forte, pensar muito menos. Vai voltar à cidade, comer e beber algo e dormir. Quando estiver frente-à-frente com Dani Claw novamente, ele decide o que fazer, sempre agiu assim, por impulso.

Enquanto isso, na beira da montanha, um camponês observa abismado o céu chover areia…

Honra ou Vitória?

“Glacius sentia suas costas se partindo em meio aos braços de seu oponente que teimava em não soltar-lhe antes de arrancar um último suspiro seu. Seus braços estavam livres porém retesados de dor, o que lhe permitia apenas realizar alguma manobra que não exigisse movimentos vigorosos.”

“Atrás de Glacius estava uma jovem belíssima, desacordada, que encontra-se cativa de seu inimigo truculento. Era uma desconhecida, mas Glacius não estava ali por glória ou por dinheiro, mas por honra. ”

“Se havia uma coisa que Glacius sempre seguiu com afinco foi o caminho da virtude, do bem, da Pura Fé como ele gostava de dizer. Desde pequeno, treinado por seu Mestre Ken, um grande guerreiro Shotokan, foi educado para ser um exemplo, algo como um escoteiro das artes marciais.”

“Glacius já não tinha mais energia para concentrar-se em algum golpe devastador, seu chi parecia se esvair juntamente com sua vida, havia algo de anormal naquele oponente, desde o início do combate já havia notado isso, ele emanava uma estranha aura negra, seus olhos pareciam vazados e parecia sugar sua energia ao mesmo tempo que apertava-lhe em um poderoso apresamento, aquilo era diferente de tudo que já havia sentido, não parecia ser Wrestling, Sanbo ou outra Arte Marcial de imobilização, era algo místico.”

“Glacius só tinha uma chance, extinguir completamente o que lhe restava de Força de Vontade e usar uma técnica extremamente desonrada, o Ear Pop, um golpe nas orelhas do oponente com as mãos em concha, o que com certeza atordoaria seu oponente o tempo suficiente para dar o troco. Mas e sua honra ?”

“Com o canto do olho, Glacius vê a jovem que estava tentando salvar, ela não parece ter sequer um arranhão, está apenas desacordada, dormindo ou coisa parecida, ao que parece seu oponente só usou a garota para chegar até ele, de alguma forma seu inimigo sabia de seus valores como lutador, sabia que não desperdiçaria uma chance de fazer o bem e resgatar a
jovem…mas como ?”

“Não havia mais tempo, seu inimigo apertou-lhe mais forte que fez com que as veias de sua testa saltassem e a coluna de Glacius rangesse, num último esforço Glacius usou o Ear Pop, fazendo com que seu oponente cambaleasse para trás, desorientado, tanto com o golpe quanto com o fato de Glacius possuir aquela técnica desonrada que pode ensurdecer e até
causar danos cerebrais no oponente. Mas não havia tempo a perder, quando recobrou-se do ataque inicial, Glacius já estava em cima dele desferindo diversos chutes por segundo com seu Air Hurricane Kick que o jogou do outro lado daquele beco imundo, chocando-se contra a parede tão violentamente que fez com que diversos tijolos caíssem.”

“Glacius estava com o peito arfando, mal tinha forças pra respirar, a poeira daquele beco machucava-lhe os pulmões, que pareciam perfurados por alguma de suas costelas quebradas devido à pressão do golpe sofrido. Ele estava parado em pé, com os joelhos retesados, e os braços estirados. Como que sem querer, Glacius nota um desenho nas costas do oponente, uma tatuagem, uma cobra enrodilhada em um punhal…Matsuo Sakyo !!! Aquela era a mesma insígnia do anel do diretor da Sakyo Corporation, que estava em sua casa neste momento, com sua esposa e filho, lhe aguardando para um jantar de negócios!!!”

“Glacius respirou fundo e disparou a correr. No caminho ele ligava do celular para uma ambulância para resgatarem a garota e para Jackie e Sonryu, seus amigos de confiança. Parecia que a noite estava apenas começando…”

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"Honra ou Vitória?" foi escrito por Fernando Jr especialmente para seu sistema de RPG (em desenvolvimento há anos) com base em sua campanha de mais de dois anos de Street Fighter RPG, onde figuraram grandes personagens como o honrado Glacius Makae, apresentado neste conto.

As Brisas do Paraíso na Face do Demônio

Dojô de Goutetsu

Outono de 1930, província de Shuri, Okinawa, Japão. Final da Era Meiji, a Era da Restauração Democrática.

O turbilhão de guerras fora como fagulhas em brasa, cintilavam ainda, pairando certa dúvida pelo ar: “Afinal, era chegada uma Era de paz?”

Num local afastado de todos, na ponta extrema do chamado Tora-o, ou Cauda do Tigre, como era conhecida a região montanhosa e estreita, densamente arborizada, residia um homem comum, conhecido como Mestre Goutetsu. Que como tal lutou pela restauração de seu País, a Sagrada Terra, o Japão. Burburinhos eram facilmente ouvidos pela região contando Histórias sobre o sangue que Mestre Goutetsu carregava em suas mãos, mas havia também quem afirmasse que um homem tão pacífico e concentrado em seus afazeres não poderia ser um assassino cruel. Havia dez anos que Mestre Goutetsu se mudara para aquela região e consigo trouxe duas crianças, Gouki e Gouken, alvo também de mexericos menores. Eram filhos de sangue ou adotados de Mestre Goutetsu?

Esquecendo a veracidade dos mitos populares, o certo era que Mestre Goutetsu era assim conhecido, como Mestre, por ensinar o antes tão reprimido TE, que hoje se tornara conhecido como a Arte das Mãos Vazias, o Karate.

Um tradicional solar japonês era seu Lar, com portas revestidas de papel de arroz, artesanalmente construído, cercado por frondosas cerejeiras, que obviamente foram plantadas por Mestre Goutetsu, já que a vegetação comum na região são os pinheiros conhecidos como Ryukyu, um pinheiro de tronco roliço e espesso. No alto outono, as pétalas rosadas das flores de cerejeira voavam pelo ar até encontrar o solo, como plumas desprendidas após a revoada.

Todos os dias, aqueles que residiam mais próximo do solar, cerca de uns quatro quilômetros, podiam ouvir gritos e Kiais, comuns durante o treinamento marcial. Mas hoje os ruídos cessaram e o que se ouvia era algo incomum. O som da traição, embora surdo, ressoava em todas as direções.

De um lado com os olhos fumegantes, em posição de combate, Gouki, do outro seu até então Mestre e Tutor Goutetsu. Fazia algum tempo que ambos se fitavam, desde que Goutetsu recebeu um desafio de vida ou morte pela honra da força de Gouki e evitou ser atingido por um golpe. Aquilo poderia ser uma afronta, mas Goutetsu admirava a naturalidade que Gouki tinha para as artes da guerra. Agora a enorme força que emanava de Gouki se condensava em ondas negras de fúria, reluzindo morte a sua volta.

– Você está morrendo Gouki! – Sibilou Goutetsu com grande pesar nos olhos – Eu o vi crescer… – pausou por um instante e, após arfar um sopro de tristeza, continuou – …Executar cada técnica e movimento como se fosse você que os tivesse criado… Agora você está diante da maior prova de sua vida, maior que qualquer tarefa que eu tenha ordenado a você. – aumentou seu tom de voz gradativamente até que esta pareceu um trovão ecoando pelas montanhas – Salvar-se de si mesmo!

Alguns corvos que estavam sobre os pinheiros voaram em disparada crocitando, como se anunciasse algum acontecimento sombrio. Os Corvos são símbolos de mal presságio, dentro do Shinto, a Religião primitiva Japonesa.

O primeiro golpe de Gouki ao desafiá-lo, foi pouco eficaz e estranhamente primário, vista a experiência de Mestre Goutetsu. O golpe não passou de um chute circular triplo, algo que Goutetsu o ensinara no inicio de seu treinamento, o Tatsumaki Sempu Kyaku, ou o Chute Circular do Espírito do Vento. Na verdade Goutetsu teve a nítida impressão que este movimento tão esmeradamente treinado todos os dias, tinha sido lançado apenas para lhe mostrar que seu Jovem Pupilo estava falando sério.

Enquanto permaneciam ali, Goutetsu e Gouki tinham certeza que aquela seria uma batalha cruel, a cada segundo passado essa idéia era reforçada. No momento em que o peito de Gouki se enchia Goutetsu o estudava. Não havia mais dúvida, assim como aconteceu com Goutetsu nas guerras da Restauração, Gouki estava sendo afligido pelos espíritos perturbadores, que alguns chamavam de Satsui No Hadou.

– Gouki – falou calmamente – você trouxe desonra à nossa casa! Você não pode sair pelo mundo desafiando todos por uma causa tão egoísta!

– DESONRADO EU?!?! – Esbravejou o jovem pupilo – Porque? Acaso Honra não é algo paradigmático?! É algo pelo qual lutamos? Pelo qual vivemos? Quem é você para me dizer o que é Honra? Você, um homem que carrega mil almas que o atormentam todos os dias, o fazendo lembrar do sangue derramado pela – satirizou – SUA HONRA!? Ainda assim, Sensei, você é o Homem mais forte que conheço…

Goutetsu ainda de guarda levantada, olhava dentro dos olhos de seu jovem aluno. Ele era o detentor de uma antiga arte mortal e perigosa, que no passado foi de extrema importância para a Restauração, mas hoje, em tempos mais pacíficos, não passava de uma armadilha cruel e sórdida.

Goutetsu jamais ensinara essa técnica a ninguém, em seu coração desejava que ela morresse com ele, mas como novos tempos tenebrosos poderiam surgir, cifrou seus movimentos e técnicas dissimuladamente em códigos estratégicos que somente grandes mestres decifrariam no futuro, após anos de persistente treinamento. Esta técnica um dia foi conhecida como Ansatsuken, ou Técnica dos Punhos Assassinos, cuja origem é obscura, até mesmo, para o Grande Mestre Goutetsu, que hoje ensina o karate da família de seu bom amigo Funakoshi, conhecido como Sensei Shoto, criador do Shotokan.

– Você está perdendo sua alma, um guerreiro sem honra não passa de um demônio. – a falta de expressão diante de suas palavras dera certeza a Goutetsu, que ali não residia mais a alma do menino que acolhera à 10 anos, melancólico continuou – Pouco importa isso agora! Gouki, como descobriu o Ansatsuken? – Perguntou Goutetsu intrigado, mas de modo habitual, com semblante sisudo e transparecendo calma, enquanto continuava a fitar diretamente a alma de Gouki através de seus olhos escuros.

– HUNF! – Gutural, desdenhou a dúvida de seu Sensei – Acha que sou ingênuo? Foi muito simples, venho treinando a mais de dois anos escondido, remontei movimento a movimento, soco a soco, chute a chute. Tudo ficou ainda mais fácil quando descobri o verdadeiro moinho da força de um guerreiro, o ódio, a fúria, o desapego pela vida, a força sobrepujando a fraqueza, na verdade isso sempre esteve diante de meus olhos, bastou que pensasse na sua vida, Sensei! Sua vida me mostrou o exemplo e o significado de toda a Vida! Foi tão ridículo quanto jogar Hasami Shogi¹ com meu Irmão, Gouken.- dando à sua face um ar mais sombrio que antes, sorri como uma fera selvagem.

Subitamente Goutetsu se dá conta que desde que acordou pela manhã não vira ainda seu outro aluno, Gouken, irmão de Gouki. – O que fez com seu irmão, seu bastardo!? – Perguntou movendo-se lateralmente, pé ante pé. Gouki, percebendo o mover de seu mestre, também se movimenta lateralmente acompanhando os passos de seu mais que iminente inimigo. Sem hesitar respondeu, com o mesmo sorriso em seu rosto: – Meu irmão é fraco, contei a ele o que faria hoje e ele tentou me impedir. – A Face de Goutetsu transformou-se com a notícia, Gouki pôde perceber nitidamente o fluxo sanguíneo aumentar nas veias de Goutetsu, enquanto continuava a falar. – Mas não se preocupe, eu apenas o desacordei… – pausadamente, relançando um olhar de ódio para Goutetsu, falou entre os dentes – Ele é… um FRACO!

Este era o momento que Goutetsu esperava, as últimas palavras de Gouki o impulsionara a seu derradeiro ataque. Quando se jogou em violenta corrida em direção a Gouki, viu que este instantaneamente, sem hesitar, fez o mesmo. Percebendo que seus movimentos estavam em paridade com Gouki, antes mesmo de dar o primeiro passo rumo à inércia, Goutetsu foi remetido absolutamente, durante poucos segundos, ao passado, quando encontrou os dois irmãos vivos por milagre, após a morte de sua família por cólera. Suas próprias palavras na ocasião, tamanha foi sua surpresa, ecoaram por sua mente neste instante: – Os pequeninos são fortes?! Até o próximo passo antes de se aproximar o suficiente de Gouki. Esses dois irmãos trouxeram a sua vida algum sentido além de matar, agora, ironicamente, ele estava ali para interpor entre sua vida ou a de Gouki.

PUFH! – Fez o impacto seco do pé de Goutetsu contra as folhas e relvas. Enquanto as pétalas pareciam parar estaticamente no ar, recordou de todo acontecido de hoje, mais rápido e súbito que um raio, suas lembranças o levaram para um dia de outono como este, onde após demonstrar certo movimento, Gouki disse admirado – Sensei, um dia serei melhor que você!

PUFH! – Estalou o eco do último passo antes de Goutetsu se lançar contra Gouki. Ao perceber que o semblante de Gouki já não era mais humano, Goutetsu finalmente se lançara contra ele, assumindo uma posição secreta, posicionando as mãos e fazendo também fluir de si as ondas negras da morte. Neste momento pensara consigo mesmo – Desta forma estarei matando a última pessoa e esta técnica estará esquecida para sempre! – mas antes que pudesse acabar seu raciocínio, algo inesperado ocorreu. Gouki assumiu a mesma forma que seu Mestre e estava a milésimos de segundo dele.

Goutetsu mal pôde ver o que aconteceu. Em certo instante estava de pé, quase golpeando seu ex-aluno mortalmente, aplicando com exatidão uma das técnicas mais mortais do mundo, o Shun Goku Satsu. No outro, apenas o que podia ver era Gouki de costas, em sinal de desdenho. Neste momento, pôde ver surgir uma mancha nas costas do Gi de seu matador, formando um ideograma, um caractere Japonês, o TEN. Símbolo da divindade, porém, escrito a sangue.

Durante toda sua vida Goutetsu se perguntou o que seus inimigos sentiam ou viam antes de perecer. Os mitos por trás da técnica pregavam que a vitima era enviada ao inferno cem vezes antes de morrer e que sua alma era destruída em mil pedaços.

Goutetsu sentiu o coração parar e bombear em reverso e seu fluxo sanguíneo se reverter repentinamente, ao mesmo tempo toda sua musculatura entrou em espasmos dolorosos, mas Goutetsu que viveu como um Guerreiro quis morrer como tal, nem mesmo um gemido de dor emitiu. Neste momento enquanto ele tentava de alguma forma se livrar da entropia, seu algoz e ex-aluno exclamou:

– Eu venci! Eu sou o Mestre dos Punhos! – Fluindo ainda mais poderosamente as ondas negras odiosas.

Com suas ultimas forças, Goutetsu sentindo sua vida se esvair como a água de um rio sem mananciais, voltou-se para Gouki na tentativa lhe dar uma última lição, dizendo com dificuldade:

– Não importa que eu morra…. Você havia perdido antes…. Antes mesmo de começarmos nosso duelo! – Olhou para Gouki com pena e lágrimas nos olhos, golfando sangue entre as palavras:

– Você está morto Gouki, meu filho! Gasph! Você não passará de um títere fantoche nas mãos do Satsui No Hadou!!!… Bargh!… Ainda que alcance os céus, você não passará de um viajante em terras estrangeiras… Gasph! Você não passará de um AKUMA! – cai ao chão, já sem qualquer vestígio de vida.


[1] Hasami Shogi é um jogo antigo muito popular entre as crianças japonesas. Similar à dama, o objetivo é cercar as peças do adversário, por dois lados ao menos.


Conto escrito por Victor Rocha, webmaster da Shinbushi e da Street Fighter Seeking, além de autor das capas dos suplementos Guia do Jogador, do Segredos da Shadaloo e do Competidores (veja todos na seção de Livros Oficiais).

Prelúdio do 2º Torneio Online

Noite do dia 02/05

Um bar em Kingston, Jamaica

Hoje é dia de festa em Kingston. Não as festas costumeiras, que acontecem todas as noites. Hoje está acontecendo uma festa promovida por Dee Jay, o Guerreiro Mundial Jamaicano e ídolo do reggae. Seu famoso bar, o DJ's Pub, está lotado de fregueses que vieram ver os dois shows: o da banda de Dee Jay e o do Kingston Annual Tournament.

O Kingston Annual Tournament é um torneio Street Fighter que acontece uma vez por ano no DJ's Pub, criado e mantido por Dee Jay, o torneio tem por objetivo encontrar novos talentos do Street Fighting. Foi no Kingston AT  que Dee Jay lutou e tocou pela primeira vez, e ele financia atualmente o torneio para que outros jovens também tenham essa oportunidade.

Dee Jay usa como arena um pátio existente nos fundos do pub, onde existem algumas mesas para os espectadores continuarem bebendo e onde fica o palco onde ele costuma se apresentar. A aparelhagem de som pesado mostra queprovavelmente Dee Jay colocará seus sucessos a tocarem enquanto as lutas acontecem, ou apenas indicam que ele esqueceu de retirar elas dali…

O torneio é aberto somente a lutadores iniciantes, de preferência que nunca tenham lutado profissionalmente no circuito Street Fighter. Dee Jay seleciona pessoalmente os candidatos, que são 8 ao todo, com base em indicações de amigos e informções vindas de seus contatos pelo mundo. Em suas viagens Dee Jay encontrou grandes lutadores, e tentou escolher os melhores novatos para trazer ao Kingston AT deste ano. São eles:

Francesco Rossini: dono de uma academia em Chicago, este americano descendente de italianos viu grandes oportunidades no circuito Street Fighter e não medirá esforços para ser um campeão. Esta determinação acompanhada de seus talentos como Kickboxer profissional o tornaram perfeito para participar do Kingston AT.

Fabiano Cambalhota: paulista de nascença mas baiano de coração; Fabiano “Cambalhota” (como é chamado nas rodas de Capoeira) é um grande lutador que foi encontrado durante uma viagem de Dee Jay ao Brasil. O próprio Dee Jay fez questão de convidá‐lo para o torneio após ver suas habilidades em combate.

Kashin Byai: este Thai Kickboxer é um enigma para a organização do torneio. Quem o indicou? Da onde ele surgiu? Será que é algum discípulo de Sagat? Sua força parece comprovar esta última teoria…

Jiao Khan: discípulo do grande mestre do Muay Thai, Tin Baak, Jiao luta para ser aceito em mundo que lhe tirou os pais e a esperança. Tendo crescido sozinho nas ruas de Bangkok, Jiao é amargo e de poucas palavras.

Ricardo Andrade: jovem playboy gaúcho, Ricardo adora tunning, garotas e é claro Karatê Shotokan! Ricardo é fprte e tem determinação, mas deve escolher um objetivo para sua vida, dividida entre a faculdade de Direito e sua arte marcial.

Expert Parkour: aparentemente este lutador misterioso não deveria estar aqui. Tudo indica que ele estava inscrito para o Masters American Champioship, porém misteriosamente ele apareceu neste torneio sem uma palavra…isso apenas aumenta mais os rumores de que seria discípulo de Dhalsim.

Jô Hélio: este místico advogado e exímio capoeirista encontra em seus orixás a força para derrotar seus oponentes nas arenas do submundo e lutar contra o preconceito.

Django: este gigante mascarado é um wrestler profissional (Sanbo) que viu em seus imensos músculos, uma forma de ganhar fama e dinheiro. Dee Jay viu nele um lutador digno de participar do Kingston AT.

Este 8 lutadores escolhidos a dedo pelo Guerreiro Mundial se enfrentarão pelo título de cmpeão do Kingston Annual Tournament!