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Carlos Pesina e Richard Divizio

Entre os atores do elenco do game Mortal Kombat II (sim, ele foi feito com atores reais), Rayden é Carlos Pesina e o homem que representa Kano e Baraka é Richard Divizio, e com o sucesso do Mortal Kombat II eles se transformaram em celebridades nos EUA. Esta entrevista foi feita por Mike Stokes e foi publicada no Brasil, na HQ Mortal Kombat – Rayden e Kano nº 1, lançado pela Editora Escala em 1995. 

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Carlos Pesina

Carlos Pesina nasceu em 1967 em Chicago, Illinois. Além de um experiente lutador ele também é um perito em computação gráfica a serviço da Midway desde 1995. Trabalhava junto de seu irmão Daniel Pesina (que interpretou diversos personagens), que foi demitido em 1994 por se vestir como Johnny Cage em uma participação sua em um fighting game antigo, chamado Blood Storm.

Richard "Rich" Divizio nasceu em 1968, também em Chicago, sendo inclusive amigo e infância de Carlos e colega de faculdade (Computação Gráfica) de John Tobias, criador do game Mortal Kombat. Além de Kano, Rich teve seus movimentos capturados para os personagens Baraka, Kabal e Quan Chi. Sendo o único ator do game Mortal Kombat a participar de todas a sfranquias até hoje. Richard também fez papel de figurante no Batman O Cavaleiro das Trevas, como um capanga.

"Eu preciso ter sempre alguém andando comigo pelas lojas, porque as pessoas não param de se aproximar", Divizio (que é reconhecido como Kano e Baraka) conta sorrindo. Mas, ao contrário dos personagens que faz, ele é educado com seus fãs.

Para se transformarem nos personagens, os atores são filmados enquanto realizam vários golpes voltados para a câmera e em frente à tela azul. Logo após, as imagens são coletada e computadorizadas para serem usados no jogo. Como você já deve saber, os atores têm habilidades das artes marciais, o que faz com que o jogo seja mais autêntico e excitante.

"Nosso estilo, que é o Kung Fu Chinês", explica Pesina, "é vistoso e técnico, e por isso funciona muito bem com filme, vídeo ou qualquer tipo de trabalho relacionado à ação ou videogames…ele parece muito atraente".

Pesina começou a praticar artes marciais com 12 anos de idade, porque ele via seu irmão mais velho fazendo. Logo depois ele encontrou Divizio. "Eu encontrei Carlos quando comecei nas artes marciais", diz Divizio, "portanto somos amigos desde que tínhamos 13 anos". Divizio é faixa verde no estilo "Louva-a-Deus".

Todas as suas realizações no Mortal Kombat também foram influenciadas, de alguma maneira, pelos golpes das artes marciais, especialmente aqueles do astro Bruce Lee. "Ele dominava completamente as telas", fala Pesina. "Ele era muito ativo comparado a alguns artistas marciais da atualidade".

Enquanto Pesina agora trabalha na Midway como engenheiro de vídeo, ao memso tempo em que foram contratados para o Mortal Kombat, Pesina e Divizio estudaram na "American Academy of Arts" de Chicago seguindo a carreira de Computação Gráfica. "Carlos e eu nos formamos juntos", diz Divizio. "Eu ainda exerço a carreira formando imagens no computador, desenhando e fazendo gráficos". Então, como vocês e seus amigos conseguiram a chance de representar personagens em um vídeogame como Mortal Kombat II?

Ser experiente nas artes marciais é uma coisa que acrescenta, mas crescer com um amigo que é o criador do Mortal Kombat John Tobias, também não é nada mal. "Nós crescemos com John Tobias, e ele sabia que havíamos feito alguns trabalhos de dublê no filme das Tartarugas Ninjas 'Secret of the Ooze Partill'", explica Divizio. "Quando ele precisou fazer esse jogo, ele sabia que tinha alguns que sabiam artes marciais, então ele nos perguntou se gostaríamos de gravar para que as pessoas da Williams/Bally Midway observassem se éramos bons o suficiente, e isso tudo aconteceu".

Pesina e Divizio acabaram se acostumando a olhar suas imagens no jogo, mas Pesina descreve a primeira vez que se viu como Rayden fazendo um Fatality como "totalmente pavoroso". "Eu não pude acreditar", relata Pesina. "Existem certos golpes que você não pode nas artes marciais, como um torpedo, e ver isso foi emocionante". "É uma experiência," ele continua, "ver você mesmo em um papel imaginário".

Os dois ainda se surpreendem quando são reconhecidos  todos os dias. Eles não deixaram que a fama "subisse à cabeça". "Rich tem sido mais reconhecido nas ruas do que os outros personagens", explica Pesina. "Não foi nunca mais estranho olhar para o jogo e ver que era eu mesmo", diz Divizio. "Eu passei por isso, mas às vezes quando estou nas ruas isso parece estranho".

A primeira vez que Pesina foi reconhecido aconteceu pelo telefone quando uma fã perguntou se ele era Rayden realmente. "Sim, você pode falar com Carlos Pesina no 1-900 – Rayden!", brinca Divizio. (Não existe um número de telefone para Rayden e nem há nenhum plano para isso). "Eu realmente não me lembro como isso aconteceu, mas foi muito bom", fala Divizio. "É bastante surpreendente a forma como as pessoas tratam você de uma hora para outra. Sou como todas as pessoas, mais isso é como se eu encontrasse Michael Jordan ou algo parecido…é diferente."

Quando é comparado aos astros de filmes de ação da atualidade, Pesina dá risada, mas com um filme Mortal Kombat a caminho, Divizio está um pouco mais pensativo. "Eu não sei se você pode comparar uma coisa com a outra", ele diz. "Eu gostaria que nós fossemos um pouco mais reconhecidos como no cinema e coisas do mortal kombat que estão surgindo, mas várias pessoas provavelmente ainda não acham que essas são pessoas reais no jogo. talvez quando fizermos mais entrevistas elas entenderão isso".

"Eu entrei em contato com companhia que estava fazendo o filme para fazer um teste de seis meses a um ano antes que eles escolhessem Kano para o elenco e então eu vi que eles já tinham um outro ator", continua Divizio, "portanto eles escolheram alguém e eu não tive a chance de um teste". Entretanto, eles foram convidados para conhecer o set de filmagem do Mortal Kombat (filme) pelos produtores. Apesar de Pesina estar muito ocupado trabalhando na Midway para fazer a viagem, Divizio foi ver os cenários e um pouco de filmagem. "Estava muito legal", ele diz.

O estrelato do filme pode não ter recebido o elenco do jogo do Mortal Kombat, mas em compensação, com o Mortal Kombat III a caminho, os fãs do jogo estarão satisfeitos em vê-los exatamente onde estão. 

Richard Divizio como Kano

O verdadeiro Kabaddi

O Verdadeiro Kabaddi

Kabaddi (algumas vezes escrito Kabbadi ou Kabadi) é um esporte de times originário de Tamil Nadu (India). Dois times ocupam lados opostos de um campo e tomam turnos enviando um "raider" ao outro lado, para ganhar pontos por marcar ou agarrar membros do time oposto; o corredor então tenta retornar ao seu próprio lado, prendendo sua respiração durante a corrida inteira.

Origem

A origem do Kabaddi pode ser traçada desde os tempos pré-históricos quando o homem aprendeu como se defender em grupo contra animais ou atacar animais mais fracos individualmente ou em grupo por sobrevivência ou comida. Através do Kabaddi é primariamente um jogo Sul Asiático, não é muito sabido sobre a origem deste esporte. Há, entretanto, evidências concretas, que o esporte possui mais de 4 mil anos de idade.

Há uma crença popular de que o Kabaddi originou-se no estado do sulda Índia, em Tamil Nadu. A história da origem do Kabaddi começa pelo bater e correr de um garoto por um doce. O garoto que era acertado perseguia o garoto que o acertou, e o acertava de volta (pega-pega). Prendendo a respiração enquanto persegue o oponente era um elemento adicional que o jogo possuía. Há vários nomes para este jogo: Kabaddi, Sadugudu, Gudugudu, Palinjadugudu e Sadugoodatthi. A palavra Kabaddi pode ter sido originada das palavras de Tamil kai (mão) e pidi (pegar).

Federações

Kabaddi é um jogo muito popular em Bangladesh, e em algumas áreas também é conhecido como Ha-du-du. Mas a despeito de sua popularidade, Ha-du-du had não possui regras definidas e é jogado com diferentes regras em diferentes áreas. Ao Ha-du-du foi dado o nome de Kabaddi e o status de Esporte Nacional de Bangladesh em 1972 .

A Federação Indiana de Kabaddi (KFI) foi fundada em 1950, e compilou um conjunto padrão de regras. A Federação de Bangladesh de Kabaddi Amador foi fundada 1973 . Ele formulou regras e regulamentos para o jogo e o primeiro torneio de teste de Kabaddi ocorreu em Bangladesh em 1974, juntamente com a Índia, em diversos locais como Dhaka , Tangail , Dinajpur , Jessore , Faridpur e Comilla . Em 1978 , a Federação Asiática de Kabaddi Amador foi formada e uma conferência de delegados de Bangladesh , India , Nepal e Paquistão na cidade indiana de Villai sob direção de Sharad Pawar.

Em 1979 , um novo torneio de teste foi feito entre Bangladesh e India que foi sediado em diferentes lugares da India incluindo Mumbai , Hyderabad , e Punjab . O Campeonato Asiático de Kabaddi foi realizado em 1980 e a India se sagrou campeã, sendo Bangladesh a outra finalista. Bangladesh foi finalista novamente em 1985 no Campeonato Asiático de Kabaddi em Jaipur , India . Os outros times incluídos no torneio foram Nepal , Malasia e Japão. Kabaddi foi demonstrado como um esporte nos Jogos Olímpicos de Berlim, em 1936. O jogo foi incluído pela primeira vez nos Jogos Asiáticos sediados em Pequim, em 1990. Oito países tomaram parte inclundo Índia, China, Japão, Malásia, Sri Lanka, Paquistão e Bangladesh. A India ganhou a medalha de ouro e desde então ganhou três medalhas de ouro em Hiroshima (1994), Bangkok (1998) e Busan (2002).

O primeiro Campeonato Mundial de Kabaddi foi sediado em Hamilton, Canada, quando 14 mil pessoas no Copps Coliseum assistiu os melhores jogadores da índia, Paquistão, Canadá, Inglaterra e EUA. A proxima edição foi em Surrey, na Colúmbia Britânica. A Índia se tornou Campeã Mundial desde que o kabaddi foi incluído nos Jogos Asiáticos (Asian Games) e nos jogos da Federação Sul-Asiática. Em 2008 Sukhbir Singh Badal montou uma liga mundial de Kabaddi profissional com patrocínio para atrair os melhores jogadores; esta liga foi sediada na Índia com torneios no Canadá também.

Jogadores a nível de competição são normalmente grandes, fortes e ao mesmo tempo são ágeis, esguios e tem altos níveis de vigor e resistência para serem bons em todos os aspectos do jogo. Há muitas formas de estratégias de jogo e os jogadores precisam de condição física e mental para participarem com sucesso de um jogo de Kabaddi, senão injúrias sérias podem acontecer.

Jogabilidade

No estilos de times do Kabaddi, dois times de sete membros cada, ocupam metades opostas de um campo de 12.5m × 10m (cerca de metade do tamanho de uma quadra de basquete). Cada um tem cinco jogadores reservas. O jogo tem tempos de 20 minutos, com cinco minutos de meio tempo enquanto os times trocam de lado.

Os times realizam turnos enviando um "corredor" para o lado do time rival, onde o objetivo é marcar (tag) ou wrestle ("confine") membros do time oposto antes de retornar para seu lado. Membros marcados estão "fora" e são enviados para fora do time.

Enquanto isso, defensores devem formar uma corrente, por exemplo, juntando suas mãos; se a corrente é quebrada, um membro do time defensor é enviado para fora. O objetivo dos defensores é parar o corredor retornando para o lado dele tomando fôlego. Se o corredor toma fôlego antes de retornar, o corredor está fora do campo.

Um jogador também pode ser retirado do jogo se tocar a parte de fora do campo, exceto durante um struggle com um membro do time oposto.

Cada vez que um jogador sai fora, o time oposto ganha um ponto. Um time marca um bônus de dois pontos, chamado lona, se o time oposto inteiro é declarado fora. Ao fim do jogo, o time com o maior número de pontos vence.

Partidas são definidas por idade e peso. Seis oficiais supervisionam a partida: 1 juiz, dois árbritos, um marcador e dois assistentes de marcação.

Formas de Kabaddi

Amar

Na forma 'Amar' de Kabaddi, toda vez que um jogador é tocado (está fora), ele não sai da quadra, mas permanece nela e um ponto é dado ao time que o tocou. Esta forma de Kabaddi é jogada em Punjab, Canada, Inglaterra, Nova Zelândia, EUA, Paquistão e Australia. No Kabaddi Amar, cada time consiste de 5-6 bloqueadores e 4-5 corredores. De uma evz só, somente 4 bloqueadores são permitidos na quadra. Toda vez que um bloqueador impede o corredor de voltar para seu campo, aquele bloqueador ganha um ponto. Por outro lado, toda vez que um corredor marca um dos bloqueadores e consegue retornar ao seu campo, o time do corredor ganha um ponto. Por vez, somente um dos bloqueadores pode tentar parar o corredor. Se mais de um tocar o corredor, um ponto automático é dado ao time do corredor. Se o bloqueador é empurrado para fora pelo corredor ou vice-versa, então o time que manteve seu jogador no campo ganha um ponto. Se ambos, corredor e bloqueador saem do campo, o resultado é que ninguém ganha ponto. O Kabaddi Amar é também usado pela Federação Mundial de Kabaddi (WKF) e nas competições Nacionais, de Praia e Circular de Kabaddi.

Surjeevani

O Kabaddi 'Surjeevani' é usado pela Federação Indiana de Kabaddi, e é ela quem cuida de suas regras. No Kabaddi Surjeevani, um jogador é revivido toda vez que um jogador do outro time está fora. A duração, número de jogadores, dimensões da quadra, etc, são fixadas pela Federação Indiana de Kabaddi. esta forma de Kabaddi é a mais próxima do jogo presente. Nesta forma de Kabaddi, os jogadores voltam ao campo nos últimos 40 minutos com um meio-tempo de 5 minutos. Há 9 jogadores de cada lado. O time que pôr todos os jogadores do oponente para fora ganham quatro pontos extras, chamado de 'Iona'. O Time vencedor é aquele que marcar mais pontos depois dos 40 minutos. O campo é maior nesta forma de Kabaddi em diversas regiões.

Gaminee

Esta forma é jogada com nove jogadores de cada lado, em um campo sem medidas específicas. Uma de suas características é que um jogador posto pra fora do campo só pode voltar a jogar depois que todos seus companhjeiros são postos para fora também. Cada vez que um time põe todo o time oponente para fora, ele marca um ponto, daí todos os times voltam e recomeça outro turno. O jogo continua até cinco ou sete Ionas (tipo o gol deles) são obtidos. O jogo não tem um tempo fixo.

As Quatro Velas

Quatro velas estavam queimando calmamente dentro de um templo sagrado. O ambiente estava tão silencioso que podia-se ouvir o diálogo que travavam.

A primeira disse:- Eu sou a paz! E apesar de minha luz as pessoas não conseguem manter-me, acho que vou apagar. E diminuindo devagarinho, apagou totalmente.

A segunda disse :- Eu me chamo Fé! Infelizmente sou muito supérflua. As pessoas não querem saber de Deus. Não faz sentido continuar queimando. Ao terminar sua fala, um vento levemente bateu sobre ela, e esta se apagou.

Baixinho e tristonha, a terceira vela se manifestou – Eu sou o amor! Não tenho mais força para queimar. As pessoas me deixam de lado, só conseguem se enxergar, esquecem-se até daqueles à sua volta que lhes amam. E sem mais apagou-se.

De repente … um monge entra no templo e vê as três velas apagadas. – Que é isso? Vocês deviam queimar e ficar acesas até o fim. Dizendo isso começou a chorar.

Então a quarta vela falou :- Não tenhas medo, enquanto eu queimar podemos acender as outras velas, eu sou a Esperança!

E ele pegou a vela que restava e acendeu todas as outras.

Após isto sentiu uma mão pesar em seu ombro e viu seu mestre que lhe disse:

– Espero que a vela da esperança nunca se apague dentro de você meu discípulo.

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Fonte: este conto é de autoria desconhecida, mas foi transcrito por Carlos "Wind Yang" Dalben, no fanzine Orgulho da Arte nº 15, disponível na Lista de Discussão do Yahoo.

Masaaki Hatsumi

Masaaki Hatsumi

O médico aposentado Masaaki Hatsumi é o ultimo representante vivo dos misteriosos guerreiros das sombras que despertam curiosidade no mundo inteiro: os Ninjas. Ele é o único herdeiro da tradição de nove clãs de Ninjitsu e viajou o mundo inteiro para demonstrar suas técnicas e acabar com a fama de guerreiros do mal que acompanha os Ninjas. Esse trabalho lhe rendeu cartas e certificados de honra e mérito como a CIA, FBI, SAS, Interpol e até do Vaticano. Além disso, Hatsumi é cidadão honorário em diversas cidades e países, incluindo a tribo Zulu, na Africa.

Aos 78 anos de idade, o sensei continua a dar aulas de artes marciais na Academia Bujinkan em Noda, cidade da Provincia de Chiba, e viaja continuamente pelo Japão e pelo mundo para atender seus alunos e demonstrar suas técnicas. Em um domingo de fevereiro, o dojô estava repleto de discípulos (em sua maioria estrangeiros) que praticavam os exercicios silenciosamente. "É uma técnica que chamo de kiai silencioso. Se você faz o kiai de soltando a voz, está indicando a sua posição para o inimigo e isso não faz sentido algum numa luta de verdade", conta Hatsumi. Ele é conhecido pelos brasileiros como Tetsuzan, o pai de Jiraiya.

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A Entrevista abaixo foi originalmente publicada no fanzine Orgulho da Arte nº13 e redigida por Carlos "Wind Yang" Dalben. Sua versão original, bem como todas as edições do fanzine podem ser encontradas na Lista de Discussão do Yahoo sobre Street Fighter RPG neste link.

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O senhor participou da série Jiraiya na TV  e na vida real é o único sucessor de diversos estilos de Ninjitsu. No mundo dos Animes, o Chi é representado como uma energia miraculosa que faz as pessoas voarem  e que pode ser lançada na forma de raios ou bolas de fogo…

É, eles são bastante criativos. O Chi é uma coisa que as pessoas podem possuir naturalmnete ou adquirir com treinamento. Mas também  existem pessoas que não conseguem ter de maneira alguma.

O que o senhor acha do modo como os Ninjas e suas técnicas são apresentadas nos Mangás e Animes?

Acho bom pra divertir e dar sonhos às crianças. Existe gente que diz que não se deve  mostrar morte e violência nos programas infantis, mas na vida real as pessoas fizeram, fazem e continuarão fazendo coisas muito mais terriveis. Acho que os animes são produtos da cabeça e serão sempre um retrato daquilo que ele faz. Ter consciência disso é essencial e as crianças precisam ver pra saber que é errado.

Você não fica chateado vendo as técnicas Ninjas sendo usadas de forma errada?

Não vivi nas épocas retratadas, por isso não sei como era. Mas eu não estranharia em ver ninjas usando as técnicas para coisa más. Existem Ninjas bons e Ninjas maus, como todas as pessoas. Independente disso, não podemos esquecer que numa guerra o vencedor é que diz quem estava certo e quem estava errado. O perdedor podia até ter razão, mas o vencedor pode pintá-lo de mal. A vida é assim.

É uma opinião dura.

Não consigo escapar da idéia de que a vida é um ciclo interminável de nascimento e morte. A morte pode não ser causada necessariamente  por um inimigo natural. Pode ser, por exemplo, uma alteração no meio ambiente que mata centenas de aves em pouco tempo. Quanto mais penso, menos sei discernir o que é certo do que é errado. Minhas idéias chegam num ponto onde o certo e o errado se juntam numa mesma coisa e, nessa hora, o equilíbrio dos dois opostos passa a ter mais importância. Somos gerados e vivemos entre dois extremos.

Começamos a conversar sobre desenhos animados e acabamos entrando em idéias complexas.

(risos) É necessario falar de coisas difíceis. Falar de coisas simples não requer muito esforço e elas não explicariam a essência  do ninjitsu. Para mim, o ninjitsu é uma filosofia.

O senhor já escolheu um sucessor?

Não estou pensando nisso agora. Eu não sei quem será. Atualmente, não ensino o ninjitsu pensando em criar um sucessor. Eu viajo o mundo e mostro para as pessoas pensando apenas em informar.

O que é o Chi?

Acho errado definir o Chi. Não estamos numa época boa para dar definição para algo tão intangível. Se descobrir um modo de medir ou de analisar o Chi, talvez fosse diferente. Acho que uma definição ao Chi pode nos levar a cometer erros. Existem pessoas que afirmam que o Chi tem uma forma ou outra, mas há uma mentira atrapalhando. Na realidade, são poucas as pessoas que conseguem trabalhar com o Chi. São pessoas com uma sensibilidade diferente. Existem também diversos modos de manifestação do Chi. Alguns parecem ondas sonoras, outras parecem campos magnéticos e outros de manifestam em opostos como o Yin e o Yang.

O senhor acredita na existência do Chi?

Eu acredito. Creio numa força invisivel que se manisfesta de vez em quando. Tive ocasiões de ver e fazer coisas que só consigo explicar atavés do Chi.

Pode nos dar um exemplo?

Hum… uma vez tive a sensação de que um senhor que morava na minha rua iria falecer dentro de um ano e isso aconteceu.

Esse tipo de premonição é uma manifestação do Chi?

Acredito que sim. Eu tento entender o Chi olhando por diversos ângulos. Não é como num anime.

 

Masaaki - Um verdadeiro Ninja!

Mesmo com tanta mentira, pode-se afirmar que o Chi existe?

 

Existe um estudo que diz que apenas uma dentre as 48 guerras feitas pela humanidade foi vencida seguindo as regras estipuladas. E apenas um dentre 233 acordos de paz firmados depois da guerra são respeitados. Esses números dão uma noção de quanta mentira é dita pelo mundo afora. Seria legal se houvesse uma forma de explicar esse assunto de forma fácil e clara, mas o Chi é uma coisa que existe e ao mesmo tempo não. Meu mestre desenhava a planta da minha casa sem ter me visitado uma única vez. Não podemos ignorar nossa intuição. Alguma força nos protege. O Chi é uma coisa abrangente e misteriosa que não deve ser definida para não virar um conceito de baixo nível. Hoje, na academia, pus os alunos sentados de costas e me preparei para bater neles. Eu enviava o Chi de que ia acertar na cabeça e aquele que foi capaz de sentir conseguiu se esquivar, os outros não.

Houve algum momento marcante nas filmagens de Jiraiya?

Muitos…deixe-me ver. Uma vez filmamos uma cena de luta minha contra um integrante do JAC que era bom de Karate. No meio da filmagem comecei a ficar impaciente e dei um chute no rosto dele. Ele sentiu o olho sendo atingido e começou a rolar no chão desesperado, pensando que havia perdido a vista, só que eu nem havia tocado nele. Depois ele percebeu que estava tudo bem. Acho que meu Chi deve tê-lo atingido.^_^

Pensar ou Agir?

Re-ka-ken! Re-ka-ken! Re-ka-ken!

O peito de Jackie ardia enquanto o vento entrava pelo templo onde treinava. O lugar, era um antigo templo de Kung Fu Shaolin nas montanhas do Tibet. Estava em fase de restauração, em breve iria se tornar mais um patrimônio histórico da região; estava velho, lhe faltavam telhas e as paredes possuíam buracos. As antigas tapeçarias já haviam sido levadas por saqueadores, bem como os fogareiros de prata.

Re-ka-ken! Re-ka-ken!

Mas Jackie não se importava, o motivo de estar ali não era pela beleza do lugar, ou pela bela paisagem da cordilheira Tibetana; muito menos pelo ar puro das montanhas. Jackie queria mais força. Foi ali, naquele templo, que seu antigo sifu Fei Long recebeu sua graduação como mestre em Kung Fu, depois de anos trilhando o duro caminho das Artes Marciais até o topo. Jackie estava ali em busca de iluminação, precisava de uma estratégia nova de combate, e possivelmente precisa melhorar suas técnicas também!

Re-ka-ken!

Cada vez mais exausto, Jackie sente os músculos dos braços e tórax fervendo de tanto esforço. Esta manobra, Rekka Ken, uma combinação rápida de socos, era uma das manobras mais velozes que Jackie possuía. Mas não era o bastante, ele descobriu que precisava de mais velocidade. Ele precisava superar o Tumbling Attack de Dani Claw, a assassina de seu melhor amigo, Thor; que morreu por não deixar o segredo da técnica ancestral do Zen no Mind cair em mãos erradas. Jackie quer colocar Dani atrás das grades, ele deve isso a Thor!

Re-ka-…

Não deu… os braços de Jackie não agüentam mais tanto esforço, e seu oponente, um saco de areia suspenso por uma corrente parece que também não, uma vez que está todo rasgado pelos impactos dos golpes constantes e vaza areia por alguns cortes na lona. Já é noite lá fora e faz mais de 8h que Jackie treina à fio. Mas aquela garras…esse era o grande problema!! Dani Claw era da divisão de Duelistas: lutadores que competem usando normalmente armas brancas; no seu caso, garras afiadas presas aos punhos. Foram elas que tiraram a vida de Thor, bem na frente de Jackie, que não pode fazer nada pois estava imobilizado por Mr. Big, um dos chefes regionais da Shadaloo…outro que deveria levar uma boa surra!

Re-…Dragon Kick!!!

Chega, seus braços não agüentam mais e Jackie também não. Treinar nunca foi seu forte, pensar muito menos. Vai voltar à cidade, comer e beber algo e dormir. Quando estiver frente-à-frente com Dani Claw novamente, ele decide o que fazer, sempre agiu assim, por impulso.

Enquanto isso, na beira da montanha, um camponês observa abismado o céu chover areia…

Os preceitos das artes marciais

Os Preceitos das Artes Marciais

“Os preceitos das Artes Marciais criados no Templo Shaolin têm passado de geração para geração. Guardado atrás do portão principal do templo, há uma placa de bronze com os 10 preceitos inscritos:”

Primeiro Preceito: é necessário que o corpo seja ágil, rápido e enérgico. Todos os movimentos do corpo devem ser suaves e bem coordenados. Você deve melhorar sua técnica todo o tempo, só assim estará apto a conseguir bons resultados.”

Segundo Preceito: o movimento de suas mãos e pés devem estar em perfeita sincronia. As batidas de seu coração, que bombeiam o Chi pelo corpo, também deve estar de acordo, pois a atividade do Chi reforça o corpo e torna sua mente esperta como a de um tigre ou dragão. Se força e energia estiverem trabalhando em conjunto, você conseguirá demonstrar habilidades
impressionantes.”

Terceiro Preceito: durante uma luta, todos os cinco elementos devem ser fundidos em um só. Cada um dos cinco elementos origina uma energia Chi diferente, energia esta que é a base para o corpo agir. Se sangue e Chi estiverem em completa harmonia, uma saúde e força perfeitas estarão ao seu alcance.”

Quarto Preceito: você deve estar sempre preparado a se defender de qualquer lado. Você deve estar sempre atento para virarse seja qual for a direção em que seu inimigo o está atacando, ficando sempre frente‐a‐frente com ele, olhando‐o com fúria. Muitas vezes, um bom olhar de tigre espanta o pequeno pássaro sem a necessidade de luta”

Quinto Preceito: há diferentes movimentos possíveis em uma batalha, você sempre deve determinar o que melhor se adquar ao momento e o que lhe garantirá melhor uso de seu Chi e de sua saúde.”

Sexto Preceito: você deve conhecer como trabalham exatamente seus punhos e pés para fazer uso correto deles. Procure usar seus socos como se cruzasse o adversário em diferentes direções, mas golpeando‐o diretamente. E procure chutá‐lo das formas mais misteriosas possíveis, buscando surpreendê‐lo sempre.”

Sétimo Preceito: durante um combate, use o seu corpo como um todo. Se usar somente seu punhos ou pés, terá um resultado menos satisfatório e mais previsível. Procure sempre atacar com velocidade e força, visando os pontos fracos adversários e avançando sempre, forçando‐o a se defender e recuar.”

Oitavo Preceito: procure manter seus pontos fracos bem guardados a salvo de seu inimigo. Como sempre temos mais de um, quando o inimigo lhe atacar pela direita, exiba o ponto fraco da esquerda, e vice‐versa. Mas nunca, nuca dê as costas a um inimigo em combate; mesmo cercado, você deve aprender a se defender de todos os lados como defende a sua frente.”

Nono Preceito: três elementos humanos podem determinar o vencedor de um combate: os olhos, ouvidos e o coração. Os olhos devem estar sempre atentos aos movimentos do oponente. Os ouvidos devem estar escutando não apenas seu oponente, mas tudo ao seu redor. Os olhos vêem, os ouvidos ouvem e transmitem tudo isso ao coração que bombeará sangue e chi nas
quantidades necessárias para que você não cometa erros.”

Décimo Preceito: use seu espírito em combate assim como usa seus punhos. Use seu chi assim como usa seu espírito. Se você dominar os segredos do que há além da carne, nada o deterá e obterá um sucesso completo em tudo que fizer.”

“Estes são os dez preceitos do Templo Shaolin, use‐os com sabedoria pois irão lhe ajudar bastante. Mas acima de tudo, seja persistente e abra sua mente para o que não entende ou acredita. É aí que pode estar a sua ruína.”

Honra ou Vitória?

“Glacius sentia suas costas se partindo em meio aos braços de seu oponente que teimava em não soltar-lhe antes de arrancar um último suspiro seu. Seus braços estavam livres porém retesados de dor, o que lhe permitia apenas realizar alguma manobra que não exigisse movimentos vigorosos.”

“Atrás de Glacius estava uma jovem belíssima, desacordada, que encontra-se cativa de seu inimigo truculento. Era uma desconhecida, mas Glacius não estava ali por glória ou por dinheiro, mas por honra. ”

“Se havia uma coisa que Glacius sempre seguiu com afinco foi o caminho da virtude, do bem, da Pura Fé como ele gostava de dizer. Desde pequeno, treinado por seu Mestre Ken, um grande guerreiro Shotokan, foi educado para ser um exemplo, algo como um escoteiro das artes marciais.”

“Glacius já não tinha mais energia para concentrar-se em algum golpe devastador, seu chi parecia se esvair juntamente com sua vida, havia algo de anormal naquele oponente, desde o início do combate já havia notado isso, ele emanava uma estranha aura negra, seus olhos pareciam vazados e parecia sugar sua energia ao mesmo tempo que apertava-lhe em um poderoso apresamento, aquilo era diferente de tudo que já havia sentido, não parecia ser Wrestling, Sanbo ou outra Arte Marcial de imobilização, era algo místico.”

“Glacius só tinha uma chance, extinguir completamente o que lhe restava de Força de Vontade e usar uma técnica extremamente desonrada, o Ear Pop, um golpe nas orelhas do oponente com as mãos em concha, o que com certeza atordoaria seu oponente o tempo suficiente para dar o troco. Mas e sua honra ?”

“Com o canto do olho, Glacius vê a jovem que estava tentando salvar, ela não parece ter sequer um arranhão, está apenas desacordada, dormindo ou coisa parecida, ao que parece seu oponente só usou a garota para chegar até ele, de alguma forma seu inimigo sabia de seus valores como lutador, sabia que não desperdiçaria uma chance de fazer o bem e resgatar a
jovem…mas como ?”

“Não havia mais tempo, seu inimigo apertou-lhe mais forte que fez com que as veias de sua testa saltassem e a coluna de Glacius rangesse, num último esforço Glacius usou o Ear Pop, fazendo com que seu oponente cambaleasse para trás, desorientado, tanto com o golpe quanto com o fato de Glacius possuir aquela técnica desonrada que pode ensurdecer e até
causar danos cerebrais no oponente. Mas não havia tempo a perder, quando recobrou-se do ataque inicial, Glacius já estava em cima dele desferindo diversos chutes por segundo com seu Air Hurricane Kick que o jogou do outro lado daquele beco imundo, chocando-se contra a parede tão violentamente que fez com que diversos tijolos caíssem.”

“Glacius estava com o peito arfando, mal tinha forças pra respirar, a poeira daquele beco machucava-lhe os pulmões, que pareciam perfurados por alguma de suas costelas quebradas devido à pressão do golpe sofrido. Ele estava parado em pé, com os joelhos retesados, e os braços estirados. Como que sem querer, Glacius nota um desenho nas costas do oponente, uma tatuagem, uma cobra enrodilhada em um punhal…Matsuo Sakyo !!! Aquela era a mesma insígnia do anel do diretor da Sakyo Corporation, que estava em sua casa neste momento, com sua esposa e filho, lhe aguardando para um jantar de negócios!!!”

“Glacius respirou fundo e disparou a correr. No caminho ele ligava do celular para uma ambulância para resgatarem a garota e para Jackie e Sonryu, seus amigos de confiança. Parecia que a noite estava apenas começando…”

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"Honra ou Vitória?" foi escrito por Fernando Jr especialmente para seu sistema de RPG (em desenvolvimento há anos) com base em sua campanha de mais de dois anos de Street Fighter RPG, onde figuraram grandes personagens como o honrado Glacius Makae, apresentado neste conto.

As Brisas do Paraíso na Face do Demônio

Dojô de Goutetsu

Outono de 1930, província de Shuri, Okinawa, Japão. Final da Era Meiji, a Era da Restauração Democrática.

O turbilhão de guerras fora como fagulhas em brasa, cintilavam ainda, pairando certa dúvida pelo ar: “Afinal, era chegada uma Era de paz?”

Num local afastado de todos, na ponta extrema do chamado Tora-o, ou Cauda do Tigre, como era conhecida a região montanhosa e estreita, densamente arborizada, residia um homem comum, conhecido como Mestre Goutetsu. Que como tal lutou pela restauração de seu País, a Sagrada Terra, o Japão. Burburinhos eram facilmente ouvidos pela região contando Histórias sobre o sangue que Mestre Goutetsu carregava em suas mãos, mas havia também quem afirmasse que um homem tão pacífico e concentrado em seus afazeres não poderia ser um assassino cruel. Havia dez anos que Mestre Goutetsu se mudara para aquela região e consigo trouxe duas crianças, Gouki e Gouken, alvo também de mexericos menores. Eram filhos de sangue ou adotados de Mestre Goutetsu?

Esquecendo a veracidade dos mitos populares, o certo era que Mestre Goutetsu era assim conhecido, como Mestre, por ensinar o antes tão reprimido TE, que hoje se tornara conhecido como a Arte das Mãos Vazias, o Karate.

Um tradicional solar japonês era seu Lar, com portas revestidas de papel de arroz, artesanalmente construído, cercado por frondosas cerejeiras, que obviamente foram plantadas por Mestre Goutetsu, já que a vegetação comum na região são os pinheiros conhecidos como Ryukyu, um pinheiro de tronco roliço e espesso. No alto outono, as pétalas rosadas das flores de cerejeira voavam pelo ar até encontrar o solo, como plumas desprendidas após a revoada.

Todos os dias, aqueles que residiam mais próximo do solar, cerca de uns quatro quilômetros, podiam ouvir gritos e Kiais, comuns durante o treinamento marcial. Mas hoje os ruídos cessaram e o que se ouvia era algo incomum. O som da traição, embora surdo, ressoava em todas as direções.

De um lado com os olhos fumegantes, em posição de combate, Gouki, do outro seu até então Mestre e Tutor Goutetsu. Fazia algum tempo que ambos se fitavam, desde que Goutetsu recebeu um desafio de vida ou morte pela honra da força de Gouki e evitou ser atingido por um golpe. Aquilo poderia ser uma afronta, mas Goutetsu admirava a naturalidade que Gouki tinha para as artes da guerra. Agora a enorme força que emanava de Gouki se condensava em ondas negras de fúria, reluzindo morte a sua volta.

– Você está morrendo Gouki! – Sibilou Goutetsu com grande pesar nos olhos – Eu o vi crescer… – pausou por um instante e, após arfar um sopro de tristeza, continuou – …Executar cada técnica e movimento como se fosse você que os tivesse criado… Agora você está diante da maior prova de sua vida, maior que qualquer tarefa que eu tenha ordenado a você. – aumentou seu tom de voz gradativamente até que esta pareceu um trovão ecoando pelas montanhas – Salvar-se de si mesmo!

Alguns corvos que estavam sobre os pinheiros voaram em disparada crocitando, como se anunciasse algum acontecimento sombrio. Os Corvos são símbolos de mal presságio, dentro do Shinto, a Religião primitiva Japonesa.

O primeiro golpe de Gouki ao desafiá-lo, foi pouco eficaz e estranhamente primário, vista a experiência de Mestre Goutetsu. O golpe não passou de um chute circular triplo, algo que Goutetsu o ensinara no inicio de seu treinamento, o Tatsumaki Sempu Kyaku, ou o Chute Circular do Espírito do Vento. Na verdade Goutetsu teve a nítida impressão que este movimento tão esmeradamente treinado todos os dias, tinha sido lançado apenas para lhe mostrar que seu Jovem Pupilo estava falando sério.

Enquanto permaneciam ali, Goutetsu e Gouki tinham certeza que aquela seria uma batalha cruel, a cada segundo passado essa idéia era reforçada. No momento em que o peito de Gouki se enchia Goutetsu o estudava. Não havia mais dúvida, assim como aconteceu com Goutetsu nas guerras da Restauração, Gouki estava sendo afligido pelos espíritos perturbadores, que alguns chamavam de Satsui No Hadou.

– Gouki – falou calmamente – você trouxe desonra à nossa casa! Você não pode sair pelo mundo desafiando todos por uma causa tão egoísta!

– DESONRADO EU?!?! – Esbravejou o jovem pupilo – Porque? Acaso Honra não é algo paradigmático?! É algo pelo qual lutamos? Pelo qual vivemos? Quem é você para me dizer o que é Honra? Você, um homem que carrega mil almas que o atormentam todos os dias, o fazendo lembrar do sangue derramado pela – satirizou – SUA HONRA!? Ainda assim, Sensei, você é o Homem mais forte que conheço…

Goutetsu ainda de guarda levantada, olhava dentro dos olhos de seu jovem aluno. Ele era o detentor de uma antiga arte mortal e perigosa, que no passado foi de extrema importância para a Restauração, mas hoje, em tempos mais pacíficos, não passava de uma armadilha cruel e sórdida.

Goutetsu jamais ensinara essa técnica a ninguém, em seu coração desejava que ela morresse com ele, mas como novos tempos tenebrosos poderiam surgir, cifrou seus movimentos e técnicas dissimuladamente em códigos estratégicos que somente grandes mestres decifrariam no futuro, após anos de persistente treinamento. Esta técnica um dia foi conhecida como Ansatsuken, ou Técnica dos Punhos Assassinos, cuja origem é obscura, até mesmo, para o Grande Mestre Goutetsu, que hoje ensina o karate da família de seu bom amigo Funakoshi, conhecido como Sensei Shoto, criador do Shotokan.

– Você está perdendo sua alma, um guerreiro sem honra não passa de um demônio. – a falta de expressão diante de suas palavras dera certeza a Goutetsu, que ali não residia mais a alma do menino que acolhera à 10 anos, melancólico continuou – Pouco importa isso agora! Gouki, como descobriu o Ansatsuken? – Perguntou Goutetsu intrigado, mas de modo habitual, com semblante sisudo e transparecendo calma, enquanto continuava a fitar diretamente a alma de Gouki através de seus olhos escuros.

– HUNF! – Gutural, desdenhou a dúvida de seu Sensei – Acha que sou ingênuo? Foi muito simples, venho treinando a mais de dois anos escondido, remontei movimento a movimento, soco a soco, chute a chute. Tudo ficou ainda mais fácil quando descobri o verdadeiro moinho da força de um guerreiro, o ódio, a fúria, o desapego pela vida, a força sobrepujando a fraqueza, na verdade isso sempre esteve diante de meus olhos, bastou que pensasse na sua vida, Sensei! Sua vida me mostrou o exemplo e o significado de toda a Vida! Foi tão ridículo quanto jogar Hasami Shogi¹ com meu Irmão, Gouken.- dando à sua face um ar mais sombrio que antes, sorri como uma fera selvagem.

Subitamente Goutetsu se dá conta que desde que acordou pela manhã não vira ainda seu outro aluno, Gouken, irmão de Gouki. – O que fez com seu irmão, seu bastardo!? – Perguntou movendo-se lateralmente, pé ante pé. Gouki, percebendo o mover de seu mestre, também se movimenta lateralmente acompanhando os passos de seu mais que iminente inimigo. Sem hesitar respondeu, com o mesmo sorriso em seu rosto: – Meu irmão é fraco, contei a ele o que faria hoje e ele tentou me impedir. – A Face de Goutetsu transformou-se com a notícia, Gouki pôde perceber nitidamente o fluxo sanguíneo aumentar nas veias de Goutetsu, enquanto continuava a falar. – Mas não se preocupe, eu apenas o desacordei… – pausadamente, relançando um olhar de ódio para Goutetsu, falou entre os dentes – Ele é… um FRACO!

Este era o momento que Goutetsu esperava, as últimas palavras de Gouki o impulsionara a seu derradeiro ataque. Quando se jogou em violenta corrida em direção a Gouki, viu que este instantaneamente, sem hesitar, fez o mesmo. Percebendo que seus movimentos estavam em paridade com Gouki, antes mesmo de dar o primeiro passo rumo à inércia, Goutetsu foi remetido absolutamente, durante poucos segundos, ao passado, quando encontrou os dois irmãos vivos por milagre, após a morte de sua família por cólera. Suas próprias palavras na ocasião, tamanha foi sua surpresa, ecoaram por sua mente neste instante: – Os pequeninos são fortes?! Até o próximo passo antes de se aproximar o suficiente de Gouki. Esses dois irmãos trouxeram a sua vida algum sentido além de matar, agora, ironicamente, ele estava ali para interpor entre sua vida ou a de Gouki.

PUFH! – Fez o impacto seco do pé de Goutetsu contra as folhas e relvas. Enquanto as pétalas pareciam parar estaticamente no ar, recordou de todo acontecido de hoje, mais rápido e súbito que um raio, suas lembranças o levaram para um dia de outono como este, onde após demonstrar certo movimento, Gouki disse admirado – Sensei, um dia serei melhor que você!

PUFH! – Estalou o eco do último passo antes de Goutetsu se lançar contra Gouki. Ao perceber que o semblante de Gouki já não era mais humano, Goutetsu finalmente se lançara contra ele, assumindo uma posição secreta, posicionando as mãos e fazendo também fluir de si as ondas negras da morte. Neste momento pensara consigo mesmo – Desta forma estarei matando a última pessoa e esta técnica estará esquecida para sempre! – mas antes que pudesse acabar seu raciocínio, algo inesperado ocorreu. Gouki assumiu a mesma forma que seu Mestre e estava a milésimos de segundo dele.

Goutetsu mal pôde ver o que aconteceu. Em certo instante estava de pé, quase golpeando seu ex-aluno mortalmente, aplicando com exatidão uma das técnicas mais mortais do mundo, o Shun Goku Satsu. No outro, apenas o que podia ver era Gouki de costas, em sinal de desdenho. Neste momento, pôde ver surgir uma mancha nas costas do Gi de seu matador, formando um ideograma, um caractere Japonês, o TEN. Símbolo da divindade, porém, escrito a sangue.

Durante toda sua vida Goutetsu se perguntou o que seus inimigos sentiam ou viam antes de perecer. Os mitos por trás da técnica pregavam que a vitima era enviada ao inferno cem vezes antes de morrer e que sua alma era destruída em mil pedaços.

Goutetsu sentiu o coração parar e bombear em reverso e seu fluxo sanguíneo se reverter repentinamente, ao mesmo tempo toda sua musculatura entrou em espasmos dolorosos, mas Goutetsu que viveu como um Guerreiro quis morrer como tal, nem mesmo um gemido de dor emitiu. Neste momento enquanto ele tentava de alguma forma se livrar da entropia, seu algoz e ex-aluno exclamou:

– Eu venci! Eu sou o Mestre dos Punhos! – Fluindo ainda mais poderosamente as ondas negras odiosas.

Com suas ultimas forças, Goutetsu sentindo sua vida se esvair como a água de um rio sem mananciais, voltou-se para Gouki na tentativa lhe dar uma última lição, dizendo com dificuldade:

– Não importa que eu morra…. Você havia perdido antes…. Antes mesmo de começarmos nosso duelo! – Olhou para Gouki com pena e lágrimas nos olhos, golfando sangue entre as palavras:

– Você está morto Gouki, meu filho! Gasph! Você não passará de um títere fantoche nas mãos do Satsui No Hadou!!!… Bargh!… Ainda que alcance os céus, você não passará de um viajante em terras estrangeiras… Gasph! Você não passará de um AKUMA! – cai ao chão, já sem qualquer vestígio de vida.


[1] Hasami Shogi é um jogo antigo muito popular entre as crianças japonesas. Similar à dama, o objetivo é cercar as peças do adversário, por dois lados ao menos.


Conto escrito por Victor Rocha, webmaster da Shinbushi e da Street Fighter Seeking, além de autor das capas dos suplementos Guia do Jogador, do Segredos da Shadaloo e do Competidores (veja todos na seção de Livros Oficiais).

Rodrigo de Goés

Rodrigo de Goés Rodrigo de Goés é um renomado roteirista, escritor e consultor de criação, em quadrinhos, livros e agências de propaganda. Há mais 20 anos trabalhando na área, possui diversos trabalhos publicados, dentre eles, esta entrevista foca-se na sua passagem pela Editora Escala, escrevendo roteiros para a HQ de Street Fighter!

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1) Nome, idade e ocupação profissional atual.

R: Rodrigo de Goes é meu nome completo. Nasci em São Paulo no dia 01 de setembro de 1967. Sendo assim, completarei 42 anos em 2009. Atualmente, continuo trabalhando como escritor, roteirista e consultor de criação. Infelizmente, nos últimos anos fiquei afastado do mercado de quadrinhos editoriais, tendo concentrado minhas atividades em trabalhos com editoras de livros didáticos e agências de propaganda.
 
2) Com quantos anos começou a escrever roteiros? E de forma profissional?
R: Comecei com 20 anos, no estúdio de Maurício de Sousa.

3) Como foi que iniciou sua carreira nos quadrinhos?
R: Na época eu trabalhava na Maurício de Sousa Produções em outra função, e era apenas um entusiasta dos quadrinhos. Foi o Rubens Kiyomura, um veterano roteirista da equipe, que me incentivou a escrever. Meus primeiros trabalhos foram roteiros para tiras de jornal. Daí em diante, não parei mais.

4) Como surgiu a oportunidade de trabalhar com Street Fighter pela primeira vez?
R: Foi em 1995. O Nagado era o roteirista titular da revista e não estava dando conta da produção que aumentava muito. Como na época já trabalhávamos juntos em vários projetos, ele me convidou para ajudá-lo. Comecei escrevendo algumas histórias de fundo e depois acabei assumindo o título, ficando na revista até 1998.

5) Conte-nos um pouco dessa experiência com as HQs de Street Fighter!

HQ de SF R: Para falar a verdade, antes de trabalhar com SF eu não fazia a menor idéia de como eram os personagens e nem o universo do jogo. Tive de pesquisar bastante e, durante o processo, acabei simpatizando muito com o quarteto Guile, Chun Li, Ryu e Ken. Tanto que eles foram os protagonistas da maior parte das histórias que escrevi. Como eu fui formado na escola dos comics americanos, acabei por transformá-los em heróis aventureiros que usavam suas habilidades de luta para defesa da justiça. E fiquei muito feliz, ao ver que o anime de SF (Victory) produzido no Japão na mesma época, acabou seguindo por um rumo parecido. Aliás, que belo anime… 

6) Qual seu personagem favorito de Street Fighter?
R: É o Coronel Guile. Ele tem um jeitão e uma personalidade que me lembram muito o Capitão América, um personagem que eu gosto muito.

7) Como você vê o mercado nacional atual para os roteiristas?
R: A pergunta é muito complexa e vou tentar ser o mais sucinto possível. No que diz respeito ao quadrinho editorial, aquele que se coloca na banca, estamos na pior fase dos últimos 50 anos quando o assunto é a quantidade da produção nacional. Tirando o Maurício, quase ninguém produz mais quadrinhos hoje em dia, e o motivo para isso é muito simples: A decadência de grandes editoras como a Abril Jovem e a Globo, retirou do mercado a imensa quantidade de investimentos que essas editoras faziam em estúdios de produção. O mercado hoje é dominado por editoras médias ou pequenas que não tem a mesma condição para bancar esses investimentos e acabam por construir a sua carteira de títulos com o licenciamento de material estrangeiro, o que sai muito mais barato (e mais fácil…) do que produzir material original. Por outro lado, tudo indica que a internet poderá, a médio prazo, ser a salvação do mercado, já que as possibilidades que um autor tem de disponibilizar o seu trabalho na rede, são quase infinitas e sem precedentes. O problema está em como se ganhar dinheiro com isto, já que o artista é um ser humano e, obviamente, precisa de dinheiro para viver.

8) Como foi a experiência de ter trabalhado com feras como Alexandre Nagado e Arthur Garcia?
R:
Primeiramente, vamos esclarecer uma coisa: não fui eu que trabalhei com eles… Eles é que trabalharam comigo. Ha! Ha! Ha! Bom, mas falando sério… Conheci os dois na mesma época e lugar. Foi em 1990, quando eu coordenava os roteiros do Studio Velpa e ali produzíamos uma série de revistas que tiveram boa aceitação, dentre as quais “O Fantástico Jaspion”, que é lembrado até hoje. E foi para trabalhar no Jaspion que o Nagado apareceu no estúdio, e foi pelo mesmo Nagado que eu acabei sendo apresentado ao Arthur. Fizemos uma boa amizade e uma boa parceria, o que fez com que durante mais de uma década produzíssemos ótimos trabalhos juntos. Elogiá-los aqui é algo absolutamente redundante, já que a brilhante carreira de ambos fala por eles. Só posso dizer que foi um orgulho para mim tê-los como parceiros durante tantos anos.

9) Quais fontes você usava como referência para escrever os roteiros? Por exemplo, o que você gostava de ler ou assistir?
R: Na verdade não me baseei em nada em particular, tirando as idéias apenas da minha cabeça. O estilo de comics que eu imprimi ao roteiro foi uma coisa muito mais automática do que deliberada. Já que eu não conseguia imaginar os personagens agindo de outra maneira. Quando escrevo ficção, costumo ser muito intuitivo, deixando a idéia fluir sem pensar muito nela, a não ser por uma idéia básica. Só depois é que eu acabo vendo como a história ficou e com o que ela se parece. 
 
10) E sobre RPG, já ouviu falar? Já jogou algum? Como foi?
R: Claro que conheço RPG! Apesar de que não tenho o hábito de jogá-lo, pelo menos da maneira usual… O Neil Gaiman gosta de dizer que escrever uma história é como jogar um RPG de modo solitário, já que você é obrigado a interpretar todos os papéis dentro dessa mesma história. E eu concordo com ele! Sendo assim, acho que posso me considerar um jogador solitário. Entretanto, apesar de não jogar, eu adoro comprar e ler os manuais e livros de referência de vários sistemas. O motivo é muito simples: Acho sensacionais todas aquelas fórmulas prontas para a criação de personagens e cenários com riqueza de detalhes. São um ótimo estímulo à criatividade, tanto que costumo recomendar o RPG aos novatos como uma ótima maneira de disciplinar o processo de criação básica pré-narrativa. Nesse ponto, os meus preferidos sempre foram os da série World of Darkness.

11) Dê uma dica para o pessoal que curte escrever, principalmente criando fanfics e fanzines, mas não sabe como se tornar um profissional!

HQ Nacional de SF R: Vou dar três: Primeira dica, esteja sempre disposto a aprender. O bom escritor tem que ser, acima de tudo, uma pessoa culta. E estou falando de cultura geral. Portanto, leia não apenas quadrinhos, mas também obras literárias, jornais, revistas dos mais variados assuntos, assista documentários e filmes, ouça músicas das mais variadas épocas e estilos, navegue na rede o quanto precisar… Seja curioso e aprenda de tudo sobre tudo o quanto puder. É desse processo que nascerão as suas idéias e o conhecimento necessário para trabalhá-las.

Segunda dica, escreva muito, muito, muito e muito! Lembre-se, a única maneira de se chegar à perfeição é através da prática, e é da quantidade que você vai tirar a qualidade. E a terceira dica, acredite no destino. Quando é da sua natureza seguir um caminho, você o seguirá custe o que custar e doa a quem doer. Ser um profissional de qualquer coisa que seja é muito mais do que uma escolha de carreira, é um caminho para toda a vida. Portanto, a decisão tem que ser feita não só com a cabeça, mas também com o coração. Pela minha própria experiência e por tudo que eu já vi à minha volta, posso afirmar com certeza: O que tiver que ser, será!

Valeu Rodrigo pela colaboração e parabéns pelos excelentes trabalhos!!

Coisas que aprendi jogando Street Fighter

Este post foi originalmente publicado pelo blog Procurando Vagas (http://www.procurandovagas.org/30-coisas-que-aprendi-jogando-street-fighter-2/).

A idéia inicial é bem interessante, porém, o desenvolvimento do mesmo ficou fraco.

Que tal expandi-lo? Mande suas sugestões para contato@sfrpg.com.br com o assunto [30 COISAS], contendo no corpo do e-mail o que você aprendeu jogando Street Fighter 2, seu nome e sua cidade. Gradualmente farei minhas alterações também!

Street Fighter 2

Jogando Street Fighter II eu aprendi que:

1- Na Tailândia existem tapa-olhos automáticos que mudam de olho quando a pessoa dá meia volta.

2- O Brasil é uma grande floresta amazônica habitada por um monstro cor-de-meleca que dá choque.

3- O uniforme padrão da Força Aérea dos EUA é camuflagem para a selva.

4- Em países estrangeiros, mestres do mal podem trocar de nome com campeões do boxe e toureiros afrescalhados.

5- Japoneses com peruca loira podem enganar a imigração e se passar por americanos.

6- Carros podem ser desmontados em segundos apenas com socos e chutes.

7- Se você ajoelhar, andar pra frente e dar um soco, bolas de energia mágicas saem das suas mãos.

8- Indianos tem membros de borracha, cospem fogo e usam colares de caveira tipo Predador.

9- Chinesas podem ser gostosas.

10- Quando você é derrubado, abre-se uma contagem. Você só continua se tiver dinheiro.

11- Espanhóis são afeminados.

12- Indianos lutam narrando antigas partidas de tênis de Gustavo Kuerten: "Guga vai! Guga vem!"

13- Socos fracos são rápidos, socos fortes são lentos.

14- As mulheres tailandesas odeiam quando quebramos suas esculturas.

15- Existem várias palavras que eu não conhecia como "Trak Trak Trugui", "Alex Full" e "Tiger Robocop".

16- Se você conseguir girar as pernas muito rapidamente, pode voar. Tanto faz se for de ponta-cabeça ou não!

17- "M." é o diminutivo de "Mister" e não "Mr." Como aprendi na escola.

18- Meninos de rua e Ratos de fliperama com um canivete podem ser bastante persuasivos.

19- Se você ficar pulando e chutando é possível vencer qualquer gigante da luta-livre soviético.

20- Máquinas de rodoviária devem ser evitadas se você tem amor ao seu dinheiro.

21- Somente os espanhóis conseguem subir em alambrados.

22- Edmund é um nome comum no Japão.

23- Uma série de sucesso pode começar oficialmente no número 2 e permanecer nela por tempo indeterminado.

24- Não dá pra jogar com os personagens da vinheta de abertura.

25- Existem apenas três tipos de soco e três tipos de chute.

26- Nos campeonatos de luta só é permitido andar pra frente e para trás, nunca para os lados.

27- Às vezes é possível se apoiar no ar para dar saltos mais altos.

28- Militares americanos não precisam manter o cabelo curto, Muito pelo contrário.

29- Lutas de rua funcionam num sistema de melhor de três rounds.

30- A frase "Insert Coin" possui uma mensagem subliminar que faz as pessoas gastarem mais e mais dinheiro